O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou
Sergio Moro e Deltan Dallagnol pelo tom dos diálogos registrados em um
aplicativo de conversas e ponderou sobre consequências para a operação
Lava-Jato associadas ao conteudo publicado pelo site “The Intercept
Brasil”.
De acordo com Mendes, as mensagens divulgadas no domingo (09) mostram
que “o chefe da Lava-Jato não era ninguém mais, ninguém menos do que
Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um bobinho. Quem
operava a Lava-Jato era o Moro”, disse Mendes, em entrevista à ÉPOCA.
O ministro identifica implicações diretas das revelações para o
desenrolar da operação. “Eu acho, por exemplo, que, na condenação do
Lula, eles anularam a condenação”, analisou Mendes, referindo-se aos
trechos das conversas que sugerem uma colaboração entre Moro e
Dallagnol.
Mendes viu até a prática de um crime nas conversas vazadas. “Um diz
que, para levar uma pessoa para depor, eles iriam simular uma denúncia
anônima. Aí o Moro diz: ‘Formaliza isso’. Isso é crime”, avaliou Mendes,
referindo-se a um trecho das mensagens em que Dallagnol escreveu que
faria uma intimação oficial com base em notícia apócrifa, diante da
negativa de uma fonte do MPF de falar. E Moro respondeu que seria
“melhor formalizar”.
“Simular uma denúncia não é só uma falta ética, isso é crime.” Mendes
ressalta não ser contra o combate à corrupção, mas sim contra o que ele
chamou de “modelo de Curitiba”.
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Época
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