A “greve geral” convocada para esta sexta-feira (14) está mantida, de
acordo com líderes de centrais sindicais, mesmo após a Justiça ter
concedido liminar que obriga o funcionamento do Metrô e da CPTM e a
circulação de ônibus em São Paulo. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o
rodízio nesta sexta.
Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), a Justiça
determinou que o Metrô mantenha 100% do quadro de funcionários nos
horários de pico e 80% no restante do dia e, na CPTM, 100% do quadro de
servidores em todo o horário de operação.
A pauta principal da “greve geral”, segundo centrais sindicais, é
manifestar repúdio à proposta do governo para a reforma da Previdência,
mas também estão entre as reivindicações maior geração de empregos
formais, retomada do crescimento da economia e protestar contra o
contingenciamento na Educação.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio
Neto, afirma que a expectativa para a greve é que os trabalhadores da
categoria de transportes mantenham a adesão. “A liminar é esdrúxula, vai
contra a Constituição. Os trabalhadores decidiram por ela. Eles vão
enfrentar a greve apesar disso”, disse.
Para Neto, a liminar não deve afetar a convocação da sexta-feira já
que a ideia é que as categorias e a população parem. “Não estamos
preocupados com a manifestação. Queremos as ruas vazias, o povo em
casa.”
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna,
ressalta que a convocação à greve não é só para o setor de ônibus, metrô
e trem. Segundo ele, engloba todas as categorias. “Não estão fazendo
greve para prejudicar a população. Não há motivo para gastar combustível
e eletricidade se o povo não vai trabalhar. Com todo respeito aos
juízes, foi precipitada a decisão.”
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah,
afirmou que a decisão de manter 100% do quadro de funcionários do Metrô e
CPTM trabalhando no dia da greve é “incoerente com a legislação
brasileira”. “Como podem exigir numa greve que se trabalhe 100% dos
funcionários? Eu nunca vi isso, vamos tentar sensibilizar”, disse.
O posicionamento da UGT, segundo Patah, é tentar reverter a situação na Justiça até a meia-noite desta quinta-feira (13).
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner
Freitas, reforça que o setor de transporte estará de greve. Porém, ele
afirma que, caso haja multa para a categoria, por causa da liminar
concedida, o prejuízo financeiro será diluído entre todas as centrais
sindicais, “em solidariedade”. João Juruna, da Força Sindical, também
informou que o custo será diluído. “Se chegar multa para eles, as
centrais vão discutir os valores e o que será feito.”
Greve geral na pauta.
Com informações do R7 e Estadão
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