Ronei Gustavo Pires, de 12 anos, passa o dia deitado na
cama. Após nascer com agenesia do corpo caloso, uma má-formação
congênita na qual não possui estrutura que conecta os dois hemisférios
cerebrais, e com uma neuropatia crônica, que até a postura e os
movimentos. A rotina dele é acompanhada diariamente pela mãe, a
enfermeira Solange Maria Pires, de 56 anos.
Em entrevista à BBC Brasil, a enfermeira contou mais detalhes sobre a
rotina deles. Os dois se conheceram há uma década e isso fez com que
ela tomasse a decisão de adotar o garoto logo depois. O menino, nascido
em Cuiabá, tem um quadro grave de convulsões desde que nasceu e a
família biológica ainda demorou para buscar ajuda médica. Com pouco mais
de um ano de vida, ele passou a viver em estado vegetativo.
Segundo Solange, os pais biológicos de Ronei não tinham condições
financeiras de conviver com o garoto e pagar os caros tratamentos
médicos. Após diversos problemas de saúde, sem conseguir pagar a home
care. O menino foi levado para um quarto vazio de uma empresa de
cuidados especiais, mas os pais o visitaram apenas duas vezes, contou
Solange à BBC.
Solange, então, entrou com um pedido de adoção. Divorciada e sem os
filhos em casa, ela conseguiu a guarda do menino logo depois, mas
precisou deixar um dos empregos que possuía para se dedicar ao cuidado
de Ronei. A falta de esperanças para o futuro do garoto a entristece.
“Uma médica me disse que ele viveria somente até os oito anos, mas ele
está aqui comigo até hoje”, afirmou.
Ato heroico seu moço.
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