A adolescente Rayane Vitória, 15 anos, deixou de estudar quando
cursava a 7ª série do Ensino Fundamental. Trabalhando no camelô do
Alecrim das 6h às 18h, no mínimo, a jovem faz parte do enorme grupo de
pessoas que larga os estudos sem perspectiva de conclusão. Em dado
divulgado nesta quarta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), aproximadamente 60% dos potiguares com mais de 25
anos não concluíram a educação básica obrigatória definida pela
Constituição Federal (que engloba a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio).
O estado registrou queda da porcentagem de analfabetismo entre a
população com mais de 15 anos, contudo, o índice potiguar é quase o
dobro da média nacional.
Os dados fazem parte de uma série de dados sobre educação que foram
publicados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad), correspondente ao ano de 2018.
A Pnad revelou uma queda na taxa de analfabetismo da população
potiguar com 15 anos ou mais de idade, que saiu de 13,5% em 2017 para
12,9% em 2018. A queda acompanhou uma tendência nacional, quando, no
período, apenas cinco estados (Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná,
Amapá e Pará) apresentaram crescimento no índice. Em 2016 o estado tinha
14,7% de analfabetos, entre as pessoas com 15 anos ou mais.
No Rio Grande do Norte, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de
idade que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja,
concluíram, no mínimo, o ensino médio, alcançou 41,2%, em 2018. Em
relação a 2016, quando somente 39,3% da população desta faixa etária
tinha completado a Educação Básica, houve um crescimento de 1,9%.
O desempenho do RN esteve abaixo da média nacional para a faixa
etária que terminou, pelo menos, o Ensino Médio (47,4%), porém superior à
média do Nordeste, pior região nesse aspecto, que apenas 39,3% da
população com mais de 25 anos concluiu essa etapa do conhecimento. Na
pesquisa, foi atestado também que, no RN, a população acima de 25 anos
estudou 8,4 anos, em média, tempo menor do registrado nacionalmente, que
é de 9,3 anos, também em média.
Nossa.
Tribuna do Norte
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