O presidente Jair Bolsonaro criticou neste sábado, 22, indiretamente,
a articulação que surgiu, por iniciativa de um grupo de parlamentares,
para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita
reeleições nas presidências da Câmara e do Senado, sem qualquer
limitação. A articulação foi noticiada pelo Estadão/Broadcast neste fim
de semana.
Atualmente, a Constituição proíbe que os presidentes das Casas sejam
reconduzidos aos cargos na mesma legislatura. Na prática, isso significa
que, em 2021, o presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não
poderão concorrer à reeleição. A PEC mudaria isso.
“Veja, por exemplo, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O cara fica
eternamente lá”, criticou Bolsonaro, ao falar da articulação que surgiu
no Congresso Nacional. “Qualquer eleição de quem já tem mandato, ele o
candidato já sai com a máquina na mão. Ele tem um orçamento grande lá
dentro. Isso aí é um atrativo para ganhar simpatizantes”, acrescentou.
Bolsonaro afirmou, porém, que a decisão sobre permitir ou não
reeleição cabe ao próprio Parlamento. “No meu entender, a Câmara que vai
decidir, é coisa interna deles. Se eu fosse parlamentar, eu saberia
como votar…”, acrescentou Bolsonaro.
O presidente falou neste sábado a jornalistas, na saída da
Coordenadoria de Saúde do Palácio do Planalto, em Brasília, onde esteve
para exames de rotina.
Bolsonaro.
Estadão Conteúdo
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