Na entrevista à GaúchaZH em que chamou Sergio Moro de “canalha”, Ciro Gomes também voltou sua artilharia ao general Augusto Heleno, chefe do GSI.
“Esse babaca desse [Augusto] Heleno, que pensei que seria uma figura
diferente, é um merda também. Imagina um quilo de cocaína no avião do
presidente e não cai nem o chefe do GSI? No meu governo, o ministro
estaria demitido na hora”, disse Ciro, em referência ao episódio
envolvendo Manoel Silva Rodrigues, militar preso com cocaína em um avião
da FAB, na Espanha.
Ciro também criticou Paulo Guedes e disse que quem manda no governo de Jair Bolsonaro “é o setor financeiro”.
“O poder real não está na Presidência, mas no setor financeiro. O que
o setor quiser, tem mais potencial de passar no Congresso. Pouco
importam as habilidades, grossuras e incapacidades do governo. Paulo
Guedes é um enclave do setor financeiro nas instituições brasileiras. A
reforma tributária que poderia fazer alguma coisa pelo Brasil aponta
para cima, para os ricos, com tributos sobre heranças mais progressivos e
sobre lucros e dividendos. Aí o baronato não quer, então não vai
aprovar.”
O pedetista disse também:
“Ninguém sabe quem é o Guedes. O que foi eleito foi o antipetismo,
mais claro de ser entendido. Essa é a grande fragilidade do Bolsonaro.
Ele está fidelizando um núcleo duro, que são obscurantistas, xenófobos,
misóginos, um movimento internacional que se replica no Brasil.”
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O Antagonista
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