É preciso se incentivar a escola de tempo integral no Rio Grande do
Norte. Esse foi o entendimento comum de todos os participantes de uma
audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (10), na
Assembleia Legislativa. Por iniciativa do deputado Kelps Lima (SDD),
deputados, alunos, professores e membros do Poder Público discutiram a
importância da educação de tempo integral e cobraram uma proposta que
amplie a disponibilidade de escolas voltadas a esse fim. O deputado
propositor quer participação popular na discussão da proposta do Governo
do Estado sobre o tema e apresentou requerimento para garantir esse
debate.
Contando com um auditório lotado, a audiência teve a participação dos
deputados Francisco do PT, Isolda Dantas (PT), Sandro Pimentel (PSOL) e
Hermano Morais (MDB), além de Kelps Lima, que expuseram suas opiniões
sobre a educação em tempo integral. Para eles, ficou claro que todos
reconhecem a importância da escola que recebe os alunos e fornece
atividades durante todo o dia, mas é preciso que uma lei discutida junto
à população garanta os direitos e determine as diretrizes dessa
educação.
“Escola em tempo integral é um grande investimento e é, sem dúvidas, o caminho”, disse Hermano. “Nós temos que fazer mais debates sobre esse tema, que é algo importantíssimo”, afirmou Isolda Dantas. “Vamos buscar o melhor modelo para que o RN consiga chegar ao projeto da Escola em Tempo Integral”, cobrou Francisco do PT. “Todos falam de escola em tempo integral, mas não pode ser somente falácia nem bandeira de campanha eleitoral. Tem que se tornar prática”, destacou Sandro Pimentel. “Cabe à Assembleia tramitar o projeto o mais rápido possível e estar aberta às sugestões. O que não pode é se omitir no que diz respeito à educação. O que não dá é a Assembleia ficar com o projeto parado e ficar sem o debate público”, alertou Kelps Lima.
“Escola em tempo integral é um grande investimento e é, sem dúvidas, o caminho”, disse Hermano. “Nós temos que fazer mais debates sobre esse tema, que é algo importantíssimo”, afirmou Isolda Dantas. “Vamos buscar o melhor modelo para que o RN consiga chegar ao projeto da Escola em Tempo Integral”, cobrou Francisco do PT. “Todos falam de escola em tempo integral, mas não pode ser somente falácia nem bandeira de campanha eleitoral. Tem que se tornar prática”, destacou Sandro Pimentel. “Cabe à Assembleia tramitar o projeto o mais rápido possível e estar aberta às sugestões. O que não pode é se omitir no que diz respeito à educação. O que não dá é a Assembleia ficar com o projeto parado e ficar sem o debate público”, alertou Kelps Lima.
O principal ponto em discussão foi sobre qual o melhor modelo a ser
estabelecido pelas escolas de tempo integral no Rio Grande do Norte. Na
audiência, representantes de instituições que aderiram ao “Escola de
Escolha”, que tem moldes diferentes da proposta inicial do Governo do
Estado, demonstraram preocupação com a aprovação da matéria nos moldes
atuais. O objetivo principal é manter as boas práticas que estão sendo
tomadas. Contudo, representantes do Executivo explicaram que uma lei
pode dar mais segurança e as diretrizes podem ser afinadas.
A subcoordenadora de Ensino Médio da Secretaria de Educação Estado,
Amilka Lima, explicou que a Política educacional é uma construção
coletiva e, por isso, todos os presentes eram convidados a contribuir
com a proposta. Segundo ela, o Estado não se colocou contrário ao molde
da “Escola de Escolha”. Para ela, é preciso que se vejam os relatos
positivos, mas são necessários ajustes de alguns elementos.
“É preciso que essa experiência se torne uma política de estado. Tem
que ser economicamente sustentável ao longo dos anos. A carreira tem que
ser adequada aos professores, que trabalham de forma integral. Temos
que pensar em uma escola que seja para todos, que essa escolha seja
coletiva e para todos. Deve ser o nosso ponto de partida. A adequação é
necessária”, explicou.
Também presente ao debate, a ex-secretária de Educação do Estado
Cláudia Santa Rosa avaliou que não há discordâncias sobre a importância
da escola em tempo integral e que o fato de se observarem pontos para
aperfeiçoamento é salutar ao debate. No entendimento da pedagoga, é
preciso que haja um acordo com relação ao modelo pedagógico.
“O que vimos aqui é uma defesa de um modelo pedagógico, que não
exclui a necessidade de melhorar a carreira de um professor. O modelo
que existe é vitorioso, mas não estou dizendo que tira a possibilidade
do estado fazer cumprir o plano estadual de educação. Eu vivi para ver
as escolas pedindo a permanência de um modelo pedagógico. Não estou
vendo discordância sobre escola de tempo integral, já que todos
concordam que é importante. O que está se discutindo é o modelo, a
proposta pedagógica, e com diálogo é possível chegar a um bom
resultado”, disse Cláudia Santa Rosa.
Durante o debate, vários estudantes e professores expuseram os bons
resultados das escolas que já atuam com a educação integral, com mais de
30 pronunciamentos durante toda a discussão. Ao fim da discussão, ficou
acordado que a proposta atual do Governo será discutida e aperfeiçoada a
partir das sugestões da população e dos profissionais da área.
“Nosso mandato está à disposição para colaborar com tudo o que for
necessário para que a escola de tempo integral cresça no Rio Grande do
Norte. Vamos abrir o espaço para a discussão do projeto e chegar ao
melhor modelo possível”, disse Kelps Lima.
“Vai ser difícil a gente encontrar um movimento com todos os
envolvidos que cobram a melhoria. O Poder Executivo e a Assembleia não
poderão ignorar o fato de que os profissionais e usuários do sistema
virem aqui e dizerem ‘queremos assim’. Isso não pode ser ignorado. Como
existem prazos, não dá para esperar. As decisões precisam ser tomadas.
Vamos ver o andamento do projeto e discutir as possíveis alterações.
Estou à disposição e apresentarei as emendas apresentadas por vocês,
independente de eu concordar e de eu votar ou não, mas garanto o debate
na Assembleia”, disse Kelps Lima.
ALRN.
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