O ex-diretor do escritório regional do Oeste, da Companhia de Águas e
Esgotos do Rio Grande o Norte (CAERN), João Maria Sousa afirmou que
conhece desmandos nas entranhas da empresa que teriam sido praticados
por pessoas que assumiram cargos de confiança. Ele chama a atenção do
Ministério Público e da Polícia Federal para que essas pessoas sejam
investigadas por roubo e corrupção, sugerindo inclusive uma realização
de uma auditoria.
A denúncia em forma de desabafo foi feita através de uma rede social,
quando justificou que sempre foi contra a privatização da Companhia até
ter acesso à forma como o dinheiro vinha sendo sangrado dos cofres
públicos e enriquecendo diretores e gerentes.
“Sou empregado da CAERN há quase dez anos e sempre, durante esse
período, tivemos debates sobre a privatização da Companhia. Por conta
das dificuldades que outros municípios iriam passar, a maior parte das
cidades do estado, é que sempre fui contra tal medida”, enfatizou.
No entanto, acrescentou que mudou de ideia: “Depois que conheci
os desmandos com o dinheiro da empresa por parte de alguns empregados, é
que vejo a privatização como única e eficiente solução para melhorar os
serviços e, ainda, acabar com a sangria que uma parte dos empregados
causa, são poucos, mas já causam um grande estrago”, afirmou.
João Maria Sousa sugeriu, ainda, que o Tribunal de Contas do Estado, o
Ministério Público e a Polícia Federal devam se unir urgentemente para
investigar os que roubam e jogá-los atrás das grades. “Um passo
simples seria solicitar o patrimônio dos que já assumiram algum cargo de
confiança, principalmente os diretores e gerentes. A investigação irá
comprovar uma abissal diferença entre o que eles (ou elas) ganham e o
que eles (ou elas) têm atualmente”, assegurou.
Outra forma ágil de pegar os criminosos, segundo ele, é auditando as grandes obras.
“Uma auditoria na implantação da rede nova de abastecimento de
Mossoró, por exemplo, “assentada” desde 2010, vai pegar muita coisa
errada e muita ação dita “finalizada” na teoria, mas que não existe
efetivada, na prática. São alguns dos muitos exemplos de corrupção que
temos na CAERN. Torcer para que as autoridades de fiscalização e
policiais possam abrir os olhos para tais desmandos e penalizar todos os
culpados”, disse.
João Maria adiantou no momento não prefere oficializar a denúncia, mas espera que alguém faça isso. “Apesar
de que as redes sociais já estão sendo judicializadas. Estou à
disposição para quaisquer esclarecimentos. Meu domicílio é conhecido
pelos órgãos oficiais. Todo ano, declaro, devidamente, meu imposto de
renda”, completou.
João Maria.
Por Gilberto de Sousa
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon