A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª
fase da Operação Lava Jato. Esta nova etapa mira o pagamento de propinas
disfarçadas de doações eleitorais. A TV Globo apurou que o presidente
do Grupo Petrópolis, Walter Faria, é um dos alvos, mas ainda não foi
localizado.
Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a
Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por
dólares em contas no exterior.
De acordo com a PF, foram expedidos um mandado de prisão preventiva,
cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão.
Até as 8h desta terça-feira, três pessoas tinham sido presas.
O G1 entrou em contato com o Grupo Petrópolis, mas não teve resposta.
A suspeita, segundo a PF, é que, em troca, offshores relacionadas ao
Grupo Odebrecht no exterior transferências de valores para o Grupo
Petrópolis fora do Brasil.
A informação da Polícia Federal é que um executivo da Odebrecht
afirmou em delação premiada que utilizou o Grupo Petrópolis para
realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outurbo de 2008
a junho de 2014.
Estas doações resultaram em uma dívida de R$ 120 milhões da Odebrecht
com a cervejaria. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do
grupo.
Os investigadores apontam ainda que um dos investigados usou o
programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer ao Brasil, de
forma ilegal, R$ 1,4 bilhão que foram obtidos por meio do esquema.
Os mandados são cumpridos pela PF em 15 cidades diferentes e foram
expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. A nova fase foi batizada de
Rock City.
Recado dado.
G1
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