Chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol
levantou dúvidas se o presidente Jair Bolsonaro permitiria que um de
seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), fosse investigado no
caso das movimentações atípicas na conta de seu ex-assessor Fabrício
Queiroz. Em conversas obtidas pelo site The Intercept e divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo
neste domingo, 21, o magistrado afirma que Flávio “certamente será
implicado em corrupção”, mas questiona: “Será que o pai vai deixar?”
Os diálogos mostram Dallagnol conversando com o também
procurador da operação Roberson Pozzobon em dezembro de 2018 – na época
em que vieram a público as movimentações financeiras de Queiroz,
incluindo um repasse de 24 mil reais para a primeira-dama Michelle
Bolsonaro. Dallagnol e Pozzobon discutem sobre a necessidade ou não de
se posicionarem sobre o caso.
“Não podemos ficar quietos, mas é neste momento um pouco como com RD
[Raquel Dodge, procuradora-geral]. Vamos depender dele pra reformas… Não
sei se vale bater mais forte”, diz Deltan Dallagnol. As mensagens aqui
são reproduzidas tal como aparecem nas conversas e foram publicadas na Folha de S. Paulo, mantendo eventuais equívocos gramaticais.
Enrolado esse novelo seu moço.
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