O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e
a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (30) a operação Conexão
RJ. O objetivo é apurar uma série de crimes cometidos em Natal após
ordens repassadas por um chefe de facção que está preso no Complexo
Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na capital fluminense. Ao todo,
foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão no Passo da Pátria,
comunidade na zona Leste natalense. Quando os policiais chegaram ao
local para cumprir os mandados, criminosos ainda não identificados
soltaram fogos de artifício para alertar os comparsas da presença da PM.
As ordens para os crimes, segundo as investigações do MPRN, foram
dadas por Wildson Alves da Silveira, conhecido como Binho Beque ou Leão,
que está preso em Bangu desde maio de 2017. Ele é fugitivo da cadeia
pública Raimundo Nonato Fernandes, em Natal. Binho é apontado como sendo
um dos chefes de uma facção criminosa que surgiu dentro de unidades
prisionais potiguares.
Wildson Alves da Silveira é condenado pelos crimes de homicídio,
estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e
posse irregular de arma de fogo e munição, e responde ainda por
associação criminosa, roubo e tráfico de drogas, entre outros. Entre os
crimes atribuídos a ele, está o assassinato de Romário Costa da Silva,
ocorrido em 21 de novembro de 2016. De acordo as investigações, Wildson
Silveira o matou pelo fato dele estar drogado e atirando no Passo da
Pátria. Na condição de chefe da facção criminosa que atua na comunidade,
Wildson o sentenciou e o executou no local.
As investigações do MPRN, que tiveram o
apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), apontam que,
usando um aparelho de telefone celular, Wilson continuava comandando a
facção criminosa de dentro do Complexo Penitenciário de Bangu. Ele
chegou a ordenar ataques a viaturas da Polícia Militar em caso de os
policiais entrarem no Passo da Pátria para fazer patrulhamento e também
sugeriu aos subordinados que instalassem câmeras de segurança nas
entradas da comunidade para que pudessem controlar o acesso e a saída do
local por vídeo-monitoramento. Outra ordem dada pelo chefe aos demais
integrantes da facção foi que eles passassem a promover eventos e shows
na comunidade com o objetivo de aumentar o caixa do crime.
A Justiça do Rio Grande do Norte já ordenou que Wildson Alves da
Silveira seja recambiado para o Rio Grande do Norte para cumprir as
sentenças que é condenado. Essa transferência ainda não tem data para
ser realizada e depende de iniciativa da Secretaria da Administração
Penitenciária do RN (Seap).
Bangu seu moço.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon