O Supremo Tribunal Federal está no centro de uma turbulência que
atinge os poderes. Diálogos trocados entre o procurador Deltan
Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná, e outros
integrantes do Ministério Público Federal indicam a origem de uma
investigação informal contra o presidente da Corte, Dias Toffoli, e o
ministro Gilmar Mendes a partir de familiares. A reação em torno do
caso começou na semana passada, com decisões determinando o envio das
mensagens ao tribunal. Em entrevista exclusiva ao Correio na noite da
última quinta-feira, Mendes, um crítico a determinadas ações policiais e
medidas judiciais — como a condução coercitiva — aponta falhas em
órgãos de correção, para impedir erros e abusos por parte dos
integrantes da força-tarefa.
O magistrado diz que faltou experiência por parte dos procuradores e
que condutas de integrantes da Lava-Jato evidenciam a existência de uma
“Orcrim”. “Há uma organização criminosa para investigar pessoas.”
Indicado para a Corte em 2002 pelo ex-presidente Fernando Henrique, ele é
doutor em direito pela Universidade de Münster, na Alemanha. Um dos
integrantes mais controversos do STF e respeitados pelos colegas, Mendes
é alvo de críticas na internet e nas ruas — se antes de petistas,
agora, de defensores da Lava-Jato.
Pense numa cacetada seu moço.
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