O presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas na manhã
terça-feira que “não tem que ter pena” quanto ao uso de atiradores de
elite em ações policiais. Bolsonaro relembrou o sequestro do ônibus 174,
no dia 12 de junho de 2000, no Jardim Botânico, Zona Sul da cidade,
quando uma vítima morreu durante a ação policial. Na ocasião, segundo o
presidente, não houve o uso de atirador de elite pela Polícia Militar do
Rio de Janeiro.
— Não foi usado sniper. O que aconteceu? Morreu uma pessoa inocente, e
depois esse vagabundo morreu no camburão. Os policiais do camburão
foram submetidos a júri popular. Foram absolvidos por 4 a 3. Quase você
condena dois policiais, condena a 30 anos de cadeia. Não tem que ter
pena — afirmou Bolsonaro.
Um atirador do Bope baleou e matou o sequestrador que fazia
passageiros de um ônibus reféns na Ponte Rio-Niterói. Agentes do
Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) chegaram por
volta de 7h ao ponto onde o sequestro ocorria. Um negociador e
atiradores de elite vestindo máscaras ficaram posicionados no local.
Além desses profissionais, a equipe do Bope tinha dois negociadores, um
psicólogo, um médico e um gerente de crise. O sequestrador foi morto por
volta 9h. Foram ouvidos seis ou sete tiros. Policias que estavam na
ponte comemoraram.
Após o desfecho do caso, o governador Wilson Witzel chegou de
helicóptero por volta das 9h40 na Ponte Rio-Niterói. Ao desembarcar,
Witzel comemorou bastante e foi abraçar os policiais no local. Mais
cedo, pelas redes sociais, o governador se manifestou sobre o sequestro
do ônibus com reféns e disse priorizar a proteção dos reféns. A ação
contou com a Polícia Rodoviária Federal e agentes do Batalhão de
Operações Especializadas (BOPE).
De acordo com informações divulgadas pela PM, havia 37 reféns dentro
do ônibus. Nenhum deles ficou ferido. Seis deles foram libertados pelo
sequestrador. Ele estava com uma arma de brinquedo, segundo o porta-voz
da PM, Mauro Fliess. O bandido também levava um coquetel molotov.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro
motorista, que seguia atrás do ônibus sequestrado. Ele ligou para a
empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu seu colega.
Se é de ser um trabalhador que seja o criminoso, fato.
O Globo
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