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* Bolsonaro ataca Bachelet e o pai dela, militar que se opôs a golpe de Pinochet no Chile.

Em um post no Facebook nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro atacou a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet , que mais cedo criticou políticas do seu governo e disse que há um "encolhimento do espaço democrático no Brasil", em entrevista coletiva na sede das Nações Unidas em Genebra. Bolsonaro afirmou que Bachelet está "seguindo a linha" do presidente francês Emmanuel Macron ao se "intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira". Nas últimas semanas, os presidentes brasileiro e o francês trocaram hostilidades

"Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", postou Bolsonaro, junto com uma foto de Bachelet ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e de Cristina Kirchner na cerimônia de posse do seu segundo mandato como presidente do Chile, em 2014. 

Bolsonaro também atacou o pai de Bachelet, o general de brigada da Força Aérea chilena Alberto Bachelet Martínez,  que se opôs ao golpe de 1973 que derrubou o presidente socialista Salvador Allende e foi preso e torturado pela ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990). Alberto Bachelet morreu de infarto na Prisão Pública de Santiago, aos 50 anos, em 1974. Em 2014, dois ex-militares foram condenados pela tortura e morte dele. 

"[Bachelet] Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época", escreveu o brasileiro. 
Pai e filha.
 G1
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