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* Bolsonaro defende 'preservar' teto de gastos um dia após ter dito que mudança é questão 'matemática'.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (5) em uma rede social ser preciso "preservar" a regra que impõe um teto para os gastos públicos

Na manhã desta quarta (4), em entrevista coletiva, Bolsonaro foi questionado se o governo poderia flexibilizar a regra e respondeu que "é uma questão de matemática" já que as despesas obrigatórias têm aumentado.
 
No mesmo dia, no fim da tarde, Bolsonaro se reuniu com o ministro Paulo Guedes, no Ministério da Economia. 

De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, a equipe econômica do governo não quer mudar o mecanismo do teto, que coloca uma trava no crescimento das despesas públicas. 

Na avaliação de assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ideal é deixar que os gatilhos do teto sejam acionados, forçando uma redução de despesas do governo, inclusive obrigatórias. 

A declaração gerou reações no meio político. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ainda na quarta que o teto para os gastos públicos é "sólido" e que revisar a norma para aumentar as despesas seria "besteira"

"Temos que preservar a emenda do teto. Devemos, sim, reduzir despesas, combater fraudes e desperdícios", publicou Bolsonaro nesta quinta-feira. 

A regra, proposta pelo governo Michel Temer em 2016 e aprovada pelo Congresso, determina que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação dos 12 meses anteriores à elaboração do Orçamento da União. 

Quando a Câmara votou a proposta que tratava do teto de gastos, Bolsonaro votou a favor do projeto. 
Se ele ficasse sempre assim seria uma beleza.
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