Desde o dia 2 de setembro, foram recolhidas 525 toneladas de resíduos
das praias do litoral nordestino, ao longo dos 2.250 quilômetros
afetados pelo óleo. A informação foi confirmada pela Marinha, neste
domingo (20). “O cálculo é muito relativo, porque é um material que é
recolhido junto com areia”, afirma o comandante de Operações Navais da
Marinha, Leonardo Puntel.
Desde o dia 2 de setembro até este domingo (20), o Ibama fez o
registro de 67 animais com manchas de óleo. “Isso não quer dizer que
esses animais morreram. A gente imaginava que isso seria pior, dada a
magnitude do fato”, diz o diretor de Proteção Ambiental do Ibama,
Olivaldi Azevedo.
Marinha, Ibama e Governo de Pernambuco concederam entrevista coletiva
de imprensa na tarde deste domingo (20), na Capitania dos Portos, no
Recife.
De acordo com o comandante de Operações Navais da Marinha, Almirante
Leonardo Puntel, essa é a primeira vez vez que um problema dessa
magnitude acontece na costa brasileira, o que leva à primeira execução
do Plano de Contingência. “O acidente é totalmente inédito no Brasil.
Arrisco a dizer que no mundo ocidental, também”, afirma.
De acordo Puntel, as investigações a respeito do óleo continuam. “A
certeza que temos é de que não é originário do Brasil. Nosso óleo é fino
e a densidade desse material é maior. Sabemos que [o derramamento] teve
origem no Oceano Atlântico, entre 500 e 600 quilômetros da nossa
costa”, afirma.
A Marinha informou que neste domingo registra a presença de óleo
apenas em Sergipe, na Praia do Atalaia, em Aracaju, e em Pernambuco, na
no entorno do Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, e na Praia do
Cupe, em Ipojuca.
De acordo com o Ibama, equipes monitoram o avanço das manchas, mas o
trabalho é dificultado devido à densidade do óleo e à presença de
corais. “Existe uma previsão, mas não é precisa por conta da extensão da
nossa costa e dos corais, que retêm parte do material”, afirma o
diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo.
“Não se consegue achar as manchas com a tecnologia que se tem.
Optamos por aguardar as manchas chegarem até a praia para fazermos a
retirada”.
Maior desastre ambiental da história do Brasil.
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