Uma ação
coletiva, com a presença de 350 agentes da segurança pública, cumpre
mandados de prisão e de busca e apreensão coletiva nesta quarta-feira
(9) na comunidade Babilônia, no Bairro Barroso, em Fortaleza. Pelo menos
seis pessoas foram presas. Com a autorização judicial, policiais podem
entrar em todos os imóveis do local.
Segundo a
delegada Adriana Arruda, coordenadora da operação, algumas das prisões
foram realizadas em razão do cumprimento de mandados e outras foram
flagrantes de pessoas com armas e drogas. Pelo menos um revólver foi
apreendido. A quantidade de entorpecentes encontrada não foi divulgada.
Celulares também foram confiscados. A polícia desconfia que eles sejam
fruto de furtos e roubos.
A delegada
informou que a ação é um desdobramento da Operação Contra-ataque,
realizada contra a facção criminosa responsável pelos ataques
incendiários no Ceará em setembro. Os presos nesta manhã "possivelmente
estavam envolvidos" nas ações criminosas do mês passado, disse Adriana
Arruda.
Ações criminosas
"Com
investigações da Polícia Civil, foi observado que havia intensa
movimentação de ações criminosas, a prática de diversos crimes, como
tráfico de drogas, extorsão ao morador, e uso do local para guardar
objetos ilícitos", conta o delgado, Fernando Menezes, que participou da
ação.
A operação
reuniu cerca de 270 policiais civis, compondo 80 grupos, seis equipes do
Batalhão de Choque, quatro equipes do Policiamento Ostensivo Geral
(POG) e duas equipes da Força Tática, além do Corpo de Bombeiros.
"Ficamos
felizes com a recepção de dezenas de moradores que facilitaram a nossa
entrada, independentemente de estarmos com mandado. Fomos muito bem
atendidos pela população. A nossa maior intenção é combater a
criminalidade no estado do Ceará" conclui o delegado.
O secretário da
Segurança Pública do Ceará, André Costa, esteve no local e reafirmou a
importância do trabalho contínuo da polícia durante a operação. "O
caminho é esse. A presença fixa da policia em algumas regiões, em alguns
territórios e também todo um trabalho de proteção social, urbanização.
Esse é o modelo que a gente propõe para todo o Estado. E isso será um
caso de transformação de vidas aqui dessa região", conta.
'Todos serão responsabilizados'
O secretário
comentou a respeito das investigações que buscam localizar os
envolvimentos nos ataques criminosos do mês de setembro de 2019. "Sobre
quem se envolveu nessas ações, ninguém vai ficar de fora. Todos serão
presos, todos serão responsabilizados. Custe o que custar, o tempo que
for", conclui.
Os ataques
motivados pelo corte de "regalias" no sistema prisional, segundo André
Costa, foram registrados em 28 municípios cearenses. Cerca de 158
pessoas foram presas por envolvimento nas ações criminosas, entre eles,
38 eram adolescentes.
Agentes em ação.
G1 CE
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