O
ministro Sérgio Moro vê indícios de fraude no inquérito que investiga a
morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 'Há
'um possível envolvimento fraudulento do nome do presidente', disse ao
Jornal da CBN. Ele lembra que, no passado, já havia sido implantada uma
testemunha falsa no processo para desviar o curso das investigações em
relação aos verdadeiros assassinos e mandantes e que isso foi resolvido
através de investigação da Polícia Federal. "Vendo esse novo episódio em
que se busca politizar a investigação indevidamente, a minha avaliação
[...] é que o melhor caminho é a federalização".
O ministro da Justiça ainda fez questão de reconhecer os méritos da
Polícia Civil, mas destacou que investigação já dura um bom tempo e não
chega ao final. "Não é um demérito das autoridades estaduais, mas é uma
avaliação objetiva de que o melhor para esse caso seja a federalização",
diz.
Moro ainda declarou que não sabe de onde Gustavo Bebianno tirou a
história de que Bolsonaro havia feito o convite ao Ministério da Justiça
enquanto ele ainda julgava casos do PT. Diferentemente do que o
presidente do PSL afirmou, o ministro da Justiça alega que só se
encontrou com Bolsonaro para definir sua participação no governo depois
do resultado das eleições. No entanto, Moro admitiu um contato anterior
com Paulo Guedes. Mas o ex-juiz afirma que Guedes queria apenas sondá-lo
para saber qual seria sua reação caso fosse convidado a ser ministro.
Sérgio Moro também falou sobre as iniciativas no Congresso para tentar
retomar a prisão após condenação em segunda instância. Ele ressaltou que
a decisão do Supremo tem que ser respeitada, mas que isso não impede
que o Congresso altere a norma que o STF interpretou. O ministro
destacou que há dois caminhos: um deles é o que pretende alterar alguns
artigos da Constituição e o outro é de alteração da lei do código de
processo penal. Questionado sobre qual deles possui um ambiente mais
favorável para ser aprovado, Moro afirmou que apoia "qualquer caminho
que volte à execução em segunda instância" e que a avaliação política
cabe aos deputados e senadores.
Em relação ao pacote anticrime, Moro reconheceu que a agenda do
Congresso acabou sendo dominada pela pauta econômica, mas afirmou que há
expectativa para que haja votação ainda este ano em uma das Casas.
Sobre as duras críticas realizadas por Lula, o ministro afirmou que "o
ex-presidente faz parte do meu passado" e que não quer entrar em
bate-boca, mas destacou que todo político processado se disse vítima de
corrupção. "É muito fácil dizer que é perseguição política, difícil é
explicar os fatos", afirmou.
Tu é suspeito pra avaliar né seu moço...
CBN
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