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* Manifestantes marcham com caixões de mortos em protestos na Bolívia.

Manifestantes carregaram durante protesto nesta quinta-feira (21) caixões com os corpos de mortos em um confronto com forças de segurança em La Paz. A polícia interrompeu o ato, que ocorreu em meio à discussão no Congresso sobre novas eleições gerais na Bolívia

O grupo saiu da vizinha El Alto rumo a La Paz com cinco caixões. Os manifestantes protestam contra o governo interino de Jeanine Áñez e a repressão da terça-feira passada, quando oito homens morreram baleados em confrontos com tropas perto de Senkata, uma usina de distribuição de combustível.

Os confrontos de terça-feira começaram quando agentes de segurança liberaram a saída de caminhões destinados a amenizar a escassez de combustível na capital, afetada pelos bloqueios de rotas e onde as filas se multiplicam para encontrar gasolina, gás e comprar galinhas e vegetais.
"Justiça, justiça!", clamaram os manifestantes na passagem com os corpos em uma caminhada de cerca de 15 quilômetros até La Paz, capital administrativa do país.
marcha, os manifestantes agitavam a bandeira 'wiphala', o símbolo quadriculado e multicolorido dos nativos bolivianos.
As autoridades dispersaram a marcha, quando os indígenas aimarás tentavam colocar os caixões em um tanque militar na praça central de São Francisco. Um dos caixões chegou a ser erguido no veículo e outros podiam ser vistos no chão após a debandada causada pelo gás lacrimogêneo. Mais de 20 pessoas foram presas, segundo jornalistas da AFP.
"Eles querem nos matar e há liberdade para matar, há ordem para nos matar em El Alto", disse uma mulher que se identificou como Ana Méndez, 55 anos, e que acompanhou o protesto.
O governo interino nega a responsabilidade militar e policial pelas mortes. Em um mês de violência política, 32 bolivianos já morreram, pelo menos 17 deles em confrontos com agentes do Estado. 
Nossa.
G1
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