Ex-secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno revelou que o então juiz Sergio Moro
negociou o cargo de ministro da Justiça com representantes do governo
Bolsonaro antes mesmo do segundo turno das eleições do ano passado. O PT quer,
então, convocar Moro para depor na Câmara dos Deputados sobre a sua
entrada no governo. O partido reclama que Moro vinha apresentando outra
versão sobre o convite de Bolsonaro e lembra que o ministro pode
responder por crime de responsabilidade caso tenha mentido sobre essa
questão no Congresso. Bebianno, então, soltou nota para esclarecer a
questão.
Líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS) explicou que o
ministro Sergio Moro já havia sido indagado sobre o momento exato em que
recebeu o convite para integrar o governo Bolsonaro ao participar de
audiências na Câmara e no Senado. Nessas ocasiões, contudo, Moro disse
que, apesar de ter sido sondado pelo atual ministro da Economia, Paulo
Guedes, antes do resultado das eleições, só havia sido formalmente
convidado para o governo após a vitória de Bolsonaro.
Em entrevista concedida a Fabio Pannunzi nesse fim de semana, contudo,
Gustavo Bebianno, que era o chefe da campanha de Bolsonaro, contou que
no dia do segundo turno das eleições Guedes contou que já havia tido
cinco ou seis conversas com Moro. Guedes ainda teria dito que o então
juiz estava disposto a abandonar a magistratura para assumir o
Ministério da Justiça.
"Moro veio à Câmara e ao Senado e eu me recordo de ter feito essa
pergunta a ele. Ele mentiu dizendo que nunca fez tratativas para vir
para o governo antes da eleição", reclamou Paulo Pimenta, que publicou
no Twitter um vídeo desse depoimento de Moro.
Esse Moro é um mala seu moço.
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