O grupo empresarial A3, que detém a marca da banda Aviões do
Forró, deverá pagar o valor de R$ 292.231.060 à Receita Federal. O valor
corresponde a 40 procedimentos fiscais abertos pela instituição desde 2018,
após as investigações apontarem sonegação fiscal do grupo do ramo de
entretenimento. O caso foi investigado na Operação For All.
A Operação foi realizada em outubro de 2016 com o intuito de
apurar se o grupo econômico adquiria bens, como veículos e imóveis, sem
declará-los no Imposto de Renda. Houve constatação de indícios de lavagem de
capitais, falsidade ideológica e associação criminosa. Segundo a Receita, as
bandas de forró declaravam entre 20% e 50% dos cachês; o restante era pago em
dinheiro em espécie, antes de elas subirem ao palco.
Receita investiga banda Aviões por sonegar R$ 50 milhões
Entre os investigados pela Receita Federal, estavam a A3
Entretenimento, as bandas Aviões do Forró, Solteirões do Forró, Forró dos Plays
e Forró do Muído. Além de empresários do ramo, como Antônio Isaías Paiva,
Zequinha Aristides e seu filho Carlos Aristides Almeida Pereira e os cantores
Solange de Almeida Pereira, José Alexandre da Silva Filho (Xand Avião), José
Raimundo de Lima ('Zé Cantor') e Samyra Oliveira Silva.
O G1 tentou contato com assessores e empresários citados,
mas os telefonemas não foram atendidos desde o início da manhã desta
quarta-feira (18).
Sonegação e multas
A informação foi confirmada pela Divisão de Fiscalização da
Receita Federal, que disse não poder entrar em detalhes sobre os valores
referentes a cada investigado, minuciosamente, em razão do sigilo fiscal.
A dívida a ser paga soma o valor de multas aplicadas pelo
Fisco e os impostos sonegados, como o Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física
(IRPF) e o Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
"Uma vez feito este lançamento, as empresas e as
pessoas físicas entram na fase de defesa", explica a Divisão de
Fiscalização do Órgão. Agora, os investigados podem tentar impugnar o
lançamento seja de forma administrativa ou judicial.
"A busca e apreensão ocorreu em 2016, foi quando
captamos provas da sonegação. Outras fiscalizações começaram em 2018 e a última
terminou agora em novembro de 2019. Como eram muitas empresas e muitas pessoas
físicas, foram feitos gradualmente", argumenta a Receita.
Nossa..
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