.O Rio Grande do Norte
vai fechar o ano com o maior volume de exportações da última década. As
vendas registradas até novembro deste ano ultrapassaram os 349 milhões
de dólares (US$), de acordo com informações do Ministério da Economia, e
são 35% maiores do que todo o registro de 2009, quando o ano encerrou
com 256 milhões de dólares em vendas ao exterior.
Para este ano, o principal motivador para a alta das exportações é a
fruticultura. A venda de melão representa 27% da pauta de exportações
potiguar. Até novembro, o valor comercializado superou os US$ 93
milhões. Os principais compradores são os Estados Unidos, Espanha e
Reino Unido.
Outro fenômeno responsável pelo momento positivo são as constantes
altas do dólar. De janeiro até novembro, a moeda americana subiu 9,43%
frente ao Real, o que aumentou a competitividade dos produtos do país lá
fora. Até o fechamento desta edição, o dólar estava cotado em R$ 4,19.
Com o atual registro de exportações, a
tendência é que a balança comercial potiguar – a diferença entre vendas e
compras feitas ao exterior – seja positiva. Os dados mostram que o Rio
Grande do Norte importou US$ 153 milhões até novembro passado. Desta
forma, o saldo positivo atualmente é de US$ 195 milhões.
Ainda de acordo com as importações, o volume de compras no exterior
está 5% menor que no mesmo período de 2018 (US$ 157 milhões). A pauta de
importações está encabeçada por polímeros de etileno, que representam
8,2% do total de compras (US$ 12,59 milhões). Este produto é a principal
matéria prima utilizada para a fabricação de embalagens plásticas.
Ainda segundo os dados mais recentes do Ministério da Economia, as
exportações potiguares deste ano terão números semelhantes aos
registrados entre o período de 2004 até 2008, que foram a “era de ouro”
da pauta de exportação potiguar. Neste espaço de tempo, o maior registro
aconteceu em 2004, com um total de R$ 573 milhões em vendas.
Àquela época, as vendas potiguares apresentaram vendas expressivas do
setor da fruticultura, carcinicultura e da venda de óleo bruto de
petróleo. Entretanto, com a crise na produção de camarão em cativeiro no
estado, em razão de um problema fitossanitário que dizimou boa parte da
produção, as vendas caíram vertiginosamente. Em 2005, os camarões
representavam 19% das exportações, mas hoje não representam 2%.
Outro produto importante de exportações, a venda de óleo bruto,
representava 23% em 2005. Em 2019, após as ações da Petrobras em reduzir
investimento na extração de petróleo em terra, este produto não
representa 1% das vendas deste ano.
RN na pauta.
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