A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit
de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% sobre 2018, num ano
marcado por arrefecimento no comércio global pelas tensões entre Estados Unidos e China, crise na Argentina e menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado. A última previsão feita pelo Ministério da Economia
para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de
dólares em 2019 — mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente
alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve
superávit de 19,5 bilhões de dólares.
O governo do presidente Jair Bolsonaro
começou 2019 prevendo que as importações subiriam no ano, na esteira de
uma retomada econômica com mais vigor, ao passo que as exportações
também avançariam, mas em menor ritmo. Ao longo do ano, contudo, houve
frustração no comportamento exibido pela atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB)
deve crescer 0,9% nas contas oficiais do governo, o que representará
uma expansão na casa de 1% pelo terceiro ano consecutivo. O mercado vê
alta de 1,17% do PIB em 2019, conforme boletim Focus mais recente.
Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras foram afetadas por um
cenário global marcado por tensões comerciais protagonizadas pelos
países comandados por Donald Trump e Xi Jingping
e pela crise vivida pela Argentina. Além disso, houve queda
significativa na compra de soja pelos chineses, movimento que teve como
pano de fundo a peste suína africana que varreu os rebanhos de porcos na
China, diminuindo a demanda pelos grãos, que são chave na alimentação
animal.
Nossa.
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