O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o chefe da
Secretaria Especial da Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio
Wajngarten, continua no cargo.
Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” publicada na última
quarta-feira revelou a existência de conflito de interesse envolvendo o
assessor. Ele comanda o órgão que define gastos publicitárias do governo
e ao mesmo tempo mantém-se como sócio principal de uma empresa que
recebe de emissoras e agências de publicidade beneficiadas pela Secom.
“Se foi ilegal, a gente vê lá na frente, mas pelo que eu vi, até
agora, tá tudo legal com o Fabio. Vai continuar. É excelente
profissional. Se fosse um porcaria, como têm muitos por aí, ninguém tava
falando”, disse Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada.
Denúncia
Segundo a “Folha”, Wajngarten permanece como sócio da FW Comunicação e
Marketing. Ele tem agências e TVs como clientes, entre eles a Band e a
Record, que também recebem do governo, e cuja participação na verba
publicitária da Secom vem crescendo nos últimos anos.
Para o jornal, a prática implica conflito de interesses e pode
configurar improbidade administrativa, já que a lei “proíbe integrantes
da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas
que possam ser afetadas por suas decisões”.
Na última quarta-feira, Wajngarten fez um pronunciamento à imprensa.
Na fala, ele contou sua história como empresário do ramo de medição de
audiência e se recusou a responder às perguntas dos repórteres.
Ele afirmou que a matéria da “Folha” não foi justa, equilibrada nem
imparcial. “A matéria tem nome e sobrenome. E, se determinados grupos de
comunicação ou institutos de pesquisa tinham em mim a tentativa de
construção de uma ponte de diálogo, essa ponte foi explodida agora”,
disse.
Esse é o que combate a corrupção seu moço?
Valor
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