A embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pediu a todos os cidadãos que deixem imediatamente o Iraque, horas depois que os EUA mataram o líder da unidade Quds iraniana Qassem Suleimani e o comandante da milícia iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis em um ataque aéreo. Suleimani era considerado um dos homens mais poderosos do país.
“Devido ao aumento das tensões no Iraque e na região, a
Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que sigam o Aviso de
Viagem de janeiro de 2020 e saiam do Iraque imediatamente. Os cidadãos
dos EUA devem partir via companhia aérea sempre que possível, e, na sua
falta, para outros países via terra”, informou o comunicado.
Um ataque aéreo americano na noite desta quinta-feira, 2, contra um aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou Qassem Soleimani,
general da Guarda Revolucionária Iraniana. O bombardeio também vitimou
Abu Mehdi al-Muhandis, um dos líderes da milícia iraquiana pró-Irã
Forças de Mobilização Popular.
Minutos depois do ataque, os Estados Unidos assumiram a autoria da
ação. Em nota, o Pentágono afirmou que, sob a direção do presidente
Donald Trump, “as forças militares tomaram a decisão por uma ação
defensiva de proteger os americanos no exterior ao matar Qassem
Soleimani”.
O comunicado acusa o general de estar por trás de ataques que
resultaram na morte de centenas de americanos e aliados, incluindo o
lançamento de foguete que vitimou um civil americano no Iraque na semana
passada e a invasão da embaixada americana em Bagdá. O Pentágono
ressalta que o bombardeio busca “deter futuros planos de ataque
iranianos”.
“Não há nenhuma dúvida de que a grande nação do Irã e outras nações
livres da região se vingarão por este crime horrível dos criminosos
Estados Unidos”, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.
Para o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif,
esta é uma “escalada extremamente perigosa e imprudente”. A diplomacia
iraniana convocou o embaixador da Suíça, que representa os interesses
dos Estados Unidos em Teerã.
O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdel Mahdi, afirmou que o ataque
vai “desencadear uma guerra devastadora no Iraque”, ao mesmo tempo que o
influente líder xiita iraquiano Moqtada Sadr anunciou a reativação de
sua milícia anti-EUA, o Exército de Mehdi, e ordenou que seus
combatentes fiquem preparados.
Destroços de veículo em Bagdá após ataque aéreo que matou o general da Guarda Revolucionária Iraniana .
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