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* Bolsonaro dá posse a Rogério Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional.

O presidente Jair Bolsonaro empossou na tarde desta terça-feira (11), em cerimônia no Palácio do Planalto, o ex-deputado federal Rogério Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional.
Ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marinho assumiu o ministério do Desenvolvimento Regional na vaga de Gustavo Canuto, deslocado para um cargo de segundo escalão.

Participaram da cerimônia os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
Em seu discurso de despedida, Canuto agradeceu a confiança que recebeu de Bolsonaro e o trabalho dos servidores do ministério. Ele ainda desejou “boa sorte” a Marinho em uma “empreitada” que não será “fácil”.

Marinho foi nomeado para comandar a pasta na semana passada (veja no vídeo abaixo), quando Bolsonaro fez a primeira mudança em sua equipe ministerial em 2020, a quinta desde o início do mandato, em janeiro de 2019.

Ao iniciar o discurso na cerimônia desta terça, Bolsonaro fez um aceno a Maia, Alcolumbre e Toffoli. Agradeceu pela convivência em 2019 e disse relação deles “será muito melhor” em 2020.

“Nós quatro não podemos tudo, mas quase tudo passa pelas nossas mãos. Nossa união, nosso sentimento cada vez melhor para o Brasil realmente fara com que todos façam a diferença”, afirmou.
Bolsonaro também elogiou Marinho, junto com Maia, Alcolumbre e Guedes, pela aprovação da reforma da Previdência. “A nossa economia realmente começou a recuperar a sua confiança dentro e fora do Brasil”, declarou o presidente.

Bolsonaro ainda elogiou o trabalho de Marinho como relator da reforma trabalhista proposta por Temer. “Em parte, devemos a ele a taxa de desemprego não ter explodido”, disse o presidente.
Marinho afirmou em seu discurso que dará o “melhor” de si para “construir pontes”. Ele saudou Mourão e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), agradeceu o período de trabalho na equipe de Paulo Guedes e afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é um “amigo” seu e do país.

“Vou dar o melhor de mim, sobretudo, para buscar construir pontes, estabelecer e consolidar relações, porque não vamos a lugar nenhum se formos caminhar sós”, disse o ministro.

Marinho pediu o apoio dos presentes na solenidade e destacou que a missão da pasta é “corrigir desigualdades regionais para permitir que os irmãos brasileiros tenham igualdade de oportunidades”.
Marinho destacou que a missão precisa ser “compartilhada com todos” e citou como exemplo a construção civil e a indústria. Segundo ele, o empreendedor não pode ser tratado como “predador”.

“Tratamos o empreendedor como parceiros que geram emprego, renda e oportunidade”, declarou.

Bolsonaro escalou Canuto para presidir a Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados das aposentadorias. A missão de Canuto, conforme o Planalto, é ajudar a reduzir as filas de pedidos de benefício no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

No lugar de Marinho na Secretaria de Previdência e Trabalho foi efetivado Bruno Bianco, que era o secretário-adjunto da estrutura. Bianco ficou conhecido pelo apelido “Mickey da Previdência” na época da tramitação da reforma nas aposentadorias.

Segundo o blog do jornalista Gerson Camarotti, colunista do G1, a escolha de Marinho como ministro tenta melhorar a relação do Planalto com o Congresso. Parlamentares estavam insatisfeitos com Canuto por uma suposta demora no atendimento de demandas.

O Ministério do Desenvolvimento Regional foi criado por Bolsonaro a partir da junção dos antigos ministérios das Cidades e da Integração Regional. A pasta tem entre suas principais responsabilidades o programa de habitação Minha Casa, Minha Vida.

Conhecido pelo perfil conciliador e avesso a confrontos públicos, Marinho foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte de 2007 a 2018. Como parlamentar, filiado ao PSDB, relatou na Câmara dos Deputados a reforma trabalhista enviada pelo governo Michel Temer.

Após o fracasso na tentativa de reeleição, em 2018, Marinho tornou-se secretário na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele teve papel de destaque na articulação da reforma da Previdência, aprovada no ano passado pelo Congresso.
Chegou lá pelas suas pernas.
G1
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