A ala militar da gestão Jair Bolsonaro consolidou a retomada do prestígio no governo com a decisão do presidente de convidar um general para substituir o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) na chefia da Casa Civil.
A opção, por outro lado, gerou desconforto entre alguns membros da
cúpula do Exército preocupados com o que consideram excessiva
identificação com o governo.
A Folha antecipou o convite de Bolsonaro a Walter Souza Braga Netto, 62, que
ocupa o segundo principal posto do Exército, a chefia do Estado-Maior.
Após reunião com o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol,
ele sinalizou que aceitará o cargo.
Como não houve um anúncio formal por parte do Palácio do Planalto,
contudo, fica em aberto a possibilidade de alguma mudança de planos.
Braga Netto, que em 2018 passou dez meses como interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, resistiu inicialmente ao convite de Bolsonaro. O Planalto, porém, trabalhava com a sinalização de que ele iria aceitá-lo.
Segundo oficiais-generais ouvidos pela Folha, houve um movimento discreto por sua permanência no cargo.
Recado dado.
FOLHAPRESS
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