A
escrivã da Polícia Civil Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e sua
filha Ana Carolina de Souza, de 16 anos, foram encontradas abraçadas e
mortas no sofá da casa onde moravam em Curitiba, na noite desta
quarta-feira (4). O delegado Erik Busetti, esposo de Maritza, confessou
ter cometido o crime. Ele teria disparado nove tiros contra elas
utilizando a arma da esposa.
Maritza
e o delegado estavam passando por um processo de divórcio, que pode ter
motivado o crime. Eles estavam juntos a pelo menos dez anos. A escrivã
possui outra filha, mais nova, além da de 16 anos que foi morta pelo
policial.
“Ouvi
vários tiros, umas 23h45 da noite. Passou 5 minutos, o delegado saiu da
casa dele com a filha já no colo. Ele já chegou e disse ‘fica com minha
filha que eu fiz uma besteira’. Ele estava com a camisa toda rasgada,
falou que entrou em luta corporal com ela, mas aí eu já não sei”,
relatou uma testemunha, que não quis se identificar.
Segundo
testemunhas, o homem teria tentado cometer suicídio, mas os vizinhos
desincentivaram. Foi quando ele ligou para a polícia admitindo o crime e
esperou que eles chegassem ao local. Quando questionado sobre as
motivações para o crime, ele afirmou que “vocês não têm ideia do que eu
estava passando”. Houve relatos de som de briga, antes dos tiros .
O
delegado foi preso em flagrante por feminicídio . Ele está em uma ala
especial para policiais dentro do Complexo Médico Penal de Pinhais. Ele
foi interrogado, mas permaneceu em silêncio durante todas as perguntas.
Policiais acreditam que a ação foi premeditada.
O
inquérito deverá ser finalizado em 10 dias. A corregedoria da Polícia
Civil do Paraná pediu para que o delegado fosse afastado e também
instaurou o procedimento para averiguar se ele será expulso da polícia e
do quadro de servidores públicos. O processo, no entanto, pode demorar
seis meses e até lá ele continuará recebendo seu salário.
Tragédia..
IG
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