O Ceará atingiu, nesta quinta-feira
(16), 100% da capacidade das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs)
específicas para tratamento da Covid-19 na rede pública. Conforme a secretária
executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde (Sesa), Magda
Almeida, o estado já possui 48 pacientes na fila de espera por uma vaga, até a
manhã desta quinta.
O índice de pessoas com o novo coronavírus no estado chegou a 2.386 nesta quinta.
O número de pacientes mortos pela doença permanece em 124.
Até a noite desta quarta (15), o
Ceará tinha 169 pessoas hospitalizadas em UTIs por causa do coronavírus, de
acordo com a Sesa. Desse total, 113 estavam em Fortaleza.
Segundo Magda, é o perfil maior
gravidade de pacientes com Covid-19 que demanda as estruturas especializadas.
Cada paciente fica, em média, de 7 a 14 nesses leitos.
“A pressão assistencial, independente
dos números, é muito grande sobre os leitos de UTI porque não conseguimos abrir
todos os 800 leitos que a gente projetava. Nossos respiradores não foram
entregues, e estamos com muitos problemas em relação a isso. Nesse momento,
apesar de não estarmos no pico esperado da epidemia, estamos com leitos de UTI
em ocupação máxima”, explica Magda.
O cenário é de alerta
porque, pelas projeções matemáticas utilizadas pela pasta, a ocupação das UTIs
foi atingida uma semana antes do esperado. “Se pegarmos todos esses modelos,
nossos números reais estão sempre um pouquinho maiores do que o computador
calculou, e isso acaba preocupando a gente”, afirma Magda.
Conforme a secretária executiva,
ainda há disponibilidade em leitos de enfermaria. Contudo, seguindo os
cálculos, essa capacidade também pode ser esgotada no dia 21 de abril, quando
todos os leitos estariam ocupados.
“Não significa o pico da epidemia,
que pode ser muito depois, mas uma saturação do sistema de saúde antes do pico.
É a hora que não tem mais leito para internar”, diz Almeida.
Situação difícil.
G1/RN
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