O oncologista Nelson Teich, cotado para assumir o Ministério da Saúde
no lugar do atual ministro, Luiz Henrique Mandetta, chegou a Brasília
na manhã desta quinta-feira (16). Ele tem uma reunião marcada com o
presidente Jair Bolsonaro.
Teich não quis responder perguntas ao desembarcar no aeroporto de Brasília.
Em meio à crise da pandemia do coronavírus, a relação entre Bolsonaro
e Mandetta se desgastou. Uma das principais discordâncias entre o
ministro e o presidente é sobre o isolamento da população como
estratégia para conter o avanço do vírus.
Mandetta é favorável ao chamado isolamento horizontal (para todas as
pessoas). Bolsonaro defende medidas mais brandas, como o isolamento
vertical (apenas para aqueles do grupo de risco).
Em artigo recente sobre a pandemia, Teich se mostrou a favor do isolamento horizontal, como Mandetta.
“Diante da falta de informações detalhadas e completas do
comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a
possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda
crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a
população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas
de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento”, escreveu
ele no dia 3 de abril.
Teich vai conversar com Bolsonaro sobre pontos que considera
fundamentais para o combate ao coronavírus. Um deles é a testagem em
massa da população.
Perfil
Oncologista, Nelson Luiz Sperle Teich é do Rio de Janeiro e, nos anos
1990, foi responsável pela fundação Grupo COI (Centro de Oncologia
Integrado) onde atuou até 2018. Hoje, segundo seu perfil em uma rede
social, atua como consultor em saúde.
De setembro do ano passado até janeiro deste ano, prestou orientações
ao Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do
Ministério da Saúde.
Nossa.
G1
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