O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio
Moro prestou depoimento de mais de oito horas neste sábado (2) na
Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O depoimento começou pouco
depois das 14h e terminou por volta das 20h40.
Moro
foi questionado sobre as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou
interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As
acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou sua saída do
governo, há uma semana.
O inquérito foi autorizado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se as
acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o ex-ministro poderá responder
na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
O
depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e foi
colhido presencialmente por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores
que tiveram autorização do ministro do STF. São eles: João Paulo Lordelo
Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
De
acordo com informações da RPC, Moro foi ouvido em uma
sala ampla com a distância recomendada por causa do coronavírus e com
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O
depoimento foi conduzido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do
Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq)
Acusações de Moro
Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo
Jornal Nacional mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou
convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de
comando da Polícia Federal.
A
parlamentar se ofereceu para tentar convencer o presidente da República a
indicá-lo para uma vaga de ministro do STF. Moro deixou o governo após
Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da PF.
O
pedido de redução do prazo para que Moro fosse ouvido foi enviado ao STF na
tarde de quinta-feira (30) por três parlamentares: o senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).
“A
gravidade das acusações dirigidas ao presidente da República, em nosso
entendimento, somada à grave crise política pela qual atravessa o país, leva a
crer que o prazo de 60 (sessenta) dias para a realização da diligência em tela
pode se demonstrar excessivo, mormente porque o prolongamento da crise política
resulta em prejuízos para o combate às concomitantes crises na Saúde e na
Economia. Nesse sentido, a elasticidade do prazo concedido pode redundar em
iminente risco de perecimento das provas”, argumentaram os congressistas.
Siga nosso Instagram...
Registe-se aqui com seu e-mail

.gif)


ConversãoConversão EmoticonEmoticon