Em novo livro,
lançado nesta 2ª feira (22.jun.2020), o ex-conselheiro de Segurança
Nacional dos Estados Unidos John Bolton conta que o ministro Fernando
Azevedo (Defesa) previu a queda de Nicolás Maduro em 2019.
No entanto, o ditador venezuelano segue firme e forte no poder e já começa a ensaiar uma reaproximação com o presidente norte-americano Donald Trump.
Em 570 páginas, há 11 menções ao Brasil no livro e apenas duas ao presidente Jair Bolsonaro. “Na manhã de 28 de novembro, voei de Andrews para o Rio de Janeiro para ver o recém-eleito presidente brasileiro Jair Bolsonaro”, escreve Bolton, sem dar mais detalhes sobre o anfitrião.
No livro, Bolton diz que o Brasil desempenha 1 papel “complementar” na
tentativa dos EUA para derrubar Maduro: o governo norte-americano
utilizaria as fronteiras brasileiras como portas de entrada para o país
vizinho.
Segundo o ex-funcionário de Donald Trump, o objetivo da manobra
política era mostrar duas coisas: que a oposição venezuelana liderada
por Juan Guaidó estava preocupada com o povo e que Maduro não controlava
as fronteiras.
No entanto, Bolton reconhece que a Casa Branca obteve resultados
fracos –mal conseguiram atravessar a fronteira com o Brasil– e expressou
sua “decepção” pelo baixo número de militares que deixaram de apoiar o ditador venezuelano.
TRUMP & CHINA
Em relação à China, Bolton diz que as sanções dos EUA contra a Huawei
fazem parte de uma guerra comercial entre Donald Trump e o país
asiático.
O ex-assessor relata, ainda, 1 episódio em que Trump teria dito ao
presidente chinês, Xi Jinping, que não se importa com a possível criação
de campos de concentração para muçulmanos em território chinês.
EUA X RÚSSIA
Em outra passagem, o ex-conselheiro conta que temia que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “conseguisse o que quisesse” com Trump quando os mandatários estivessem sozinhos a portas fechadas.
Em outra passagem, o ex-conselheiro conta que temia que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “conseguisse o que quisesse” com Trump quando os mandatários estivessem sozinhos a portas fechadas.
Depois que Washington aplicou sanções ao país eurasiático pelo
envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal no Reino Unido, Trump
teria mandado o secretário de Estado, Mike Pompeo, ligar para o ministro
das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e se assegurar que o
Kremlin soubesse que a ideia não partiu de Trump.
TRUMP X MÍDIA
Ainda segundo Bolton, Trump acreditava que poderia impedir vazamentos
da Casa Branca colocando jornalistas na prisão até que confessem suas
fontes. É 1 dos “lances legais favoritos de Trump”, escreve Bolton. “Só então os vazamentos parariam.”
Bolton relembra que Trump disse a 1 dos advogados da Casa Branca para consultar o procurador-geral sobre essa ideia. “Essas pessoas devem ser executadas. Eles são desprezíveis”, disse Trump, de acordo com Bolton.
Em entrevista, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, acusou Bolton de “colocar o serviço de inteligência norte-americano em xeque” para “se promover”.
Nossa.
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