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* Assessor de Flávio teve acesso a todas as contas de Queiroz, diz Paulo Marinho.

Em depoimento ao MPF no Rio, o empresário Paulo Marinho disse que o advogado Victor Granado, amigo de Flávio Bolsonaro, teve acesso a todas as contas bancárias do ex-PM Fabrício Queiroz assim que soube da existência da investigação sobre a rachadinha.

Segundo Marinho disse aos procuradores, Granado relatou ter ficado “estarrecido” quando viu as contas: a quantia era “muito superior ao R$ 1,2 milhão que a imprensa vem noticiando” e se referia a anos anteriores ao que vinha sendo divulgado.

Conforme o depoimento, reproduzido no Jornal Nacional, Granado foi avisado por um delegado da Polícia Federal sobre a existência de um inquérito que havia chegado a Queiroz e à filha dele, Nathália.

Isso aconteceu entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2018, segundo Marinho. Na época, o ex-PM era assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio e a filha estava empregada no gabinete de Jair Bolsonaro.

Logo depois do encontro de Granado com o delegado, ambos foram demitidos. Teriam participado da conversa, sempre segundo Paulo Marinho, o atual chefe de gabinete de Flávio no Senado, Miguel Ângelo Braga, e uma assessora dele, Valdenice Meliga.
 
Conforme o relato de Marinho aos procuradores, logo depois do encontro com o delegado, Granado foi a Queiroz e pediu todas as senhas das contas bancárias dele.

Flávio Bolsonaro é acusado de manter um esquema de rachadinha com assessores de seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. De acordo com as investigações, Queiroz era o operador do esquema e a filha dele era funcionária fantasma do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara.

Paulo Marinho foi um apoiador da campanha presidencial de Bolsonaro, mas rompeu com ele pouco depois. A casa do empresário funcionou como comitê da campanha de Bolsonaro em 2018.

Ele prestou depoimento aos procuradores numa investigação sobre o vazamento da Operação Furna da Onça, que apura corrupção na Alerj.

De acordo com o relato de Marinho, o delegado disse a Granado que era simpatizante da campanha bolsonaristas e que havia um movimento na PF de não deflagrar a operação sobre a rachadinha antes do segundo turno para não atrapalhar o desempenho de Bolsonaro nas eleições.
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