Seguindo
as ações da Campanha institucional “Violência Doméstica: precisamos dar um
basta nisso”, e em virtude do aumento considerável dos números da violência
doméstica durante a pandemia, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte
oferece gratuitamente, e de forma remota, atendimento psicológico às vítimas e
agressores.
“Essa é uma ação muito importante pois vem suprir uma lacuna
encontrada pela população atingida pela violência doméstica. No atendimento
remoto, um grupo de psicólogos, oferece atenção, cuidado, escuta especializada
que pode ser um divisor de águas na vida dessas pessoas”, explica a psicóloga e
chefe do Núcleo Biopsicossocial da Assembleia Legislativa, Helga Torquato.
Segundo a psicóloga, a violência doméstica atinge um público
formado por crianças, idosos, mulheres e adolescente. “Quando a gente fala de
violência doméstica estamos falando de negligência, abuso, intolerância,
discriminação, diminuição de autoestima, de um leque de comportamentos que
afetam o desenvolvimento humano e que podem trazer sequelas afetivas de
crianças, adolescentes, mulheres e idosos”, ressalta.
A especialista destaca que o maior problema está na violência psicológica,
considerada mais devastadora que a física. “Quando falamos de violência
doméstica, violência física é a última etapa. Para se chegar à violência física
já se praticou muita violência emocional. E as sequelas disso é a depressão,
crise de ansiedade, distúrbio de sono e alimentar, ideação suicida, baixa
autoestima, isolamento social, irritabilidade, ou seja, sequelas emocionais
para que depois se chegue à violência física”, disse.
Os atendimentos psicológicos acontecem de forma remota, de
segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, até o dia 31 de agosto, dentro do Agosto
Lilás. Os interessados em usufruir dos serviços podem ligar para o número (84)
3232-6964. “É só ligar. Atenderemos aquelas pessoas violentadas e também
aquelas que praticam a violência, porque entendemos que aqueles que violentam
também precisam de cuidados, evitando a repetição do comportamento em suas
relações”, explicou.
ALRN.
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