O
deputado Vivaldo Costa (PSDB) foi o primeiro dos sete parlamentares a se
pronunciar no horário destinado aos deputados, na sessão desta quarta-feira
(23) na Assembleia Legislativa. Ele falou sobre a Covid-19, e explicou que
acredita na Ciência e na Organização Mundial da Saúde (OMS), porque sua
formação foi no Hospital Giselda Trigueiro, especializado em doenças
infecciosas.
“Eu acredito na Ciência. Passei dez anos no hospital Evandro
Chagas, hoje Giselda Trigueiro, fui monitor da médica Giselda Trigueiro,
adjunto dela, minha formação é acadêmica”, disse Vivaldo, para justificar que
não acredita que receitas como o medicamento Ivermectina impeçam que se
contraia a Covid. Ele disse que um amigo tomava, achava que estava protegido e
saía de casa, contraiu o vírus, se internou e morreu. Vivaldo também citou
municípios que registraram casos de Covid, mas não registraram mortes, e que as
prefeituras não receitaram Ivermectina.
Contrapondo Vivaldo, o deputado José Dias (PSDB) disse que não
acreditava na Organização Mundial de Saúde. Para ele, o chefe da OMS influencia
países pequenos. José Dias também falou sobre a reforma da Previdência do
Estado que deverá ser votada nesta quinta-feira (24). “Foi um erro gravíssimo
deixar para a última hora”, disse José Dias, reforçando que permanece no grupo
dos 10 deputados de oposição, mas que não irá “votar contra por votar contra.
Disse que irá seguir o grupo.
O deputado Souza (PSB) se pronunciou sobre a economia do Rio
Grande do Norte, sugerindo que a governadora Fátima Bezerra (PT) repensasse
sobre o decreto que envolve a Área de Proteção Ambiental (APA) das Dunas do
Rosado, em Porto do Mangue, que impede a instalação de um porto. Também pediu a
liberação das caieiras do município de Dix-Sept Rosado, por se tratar da maior
fonte de renda do município e que ainda estão paradas. “O que não pode é
simplesmente a atividade ficar paralisada”, disse Souza, sugerindo um Termo de
Ajustamento de Conduta assinado pelo Ministério Público, Idema e Procuradoria
Geral do Estado.
Francisco do PT utilizou seu tempo para lembrar que seu mandato
encaminhou requerimento ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério
Marinho, solicitando a recuperação da parede da barragem Passagem das Traíras,
no Seridó. E agradeceu a participação de deputados da Casa e de parlamentares
federais para que as obras tenham sido autorizadas pelo DNOCS. “Não quero me arvorar
da paternidade”, explicou Francisco.
O deputado Tomba Farias (PSDB) chamou a atenção da governadora
Fátima Bezerra para a realização de operações tapa-buracos no Trairi, afirmando
que a região tem ficado de fora das ações do Governo do Estado. Também cobrou
que, dentro da programação de retomada de abertura de Centrais do Cidadão, o
município de Santa Cruz não fique de fora como já foi anunciado pelo Governo.
“Santa Cruz é uma cidade polo”, alertou Tomba, lembrando que a cidade oferece
serviços de saúde, educação e comércio a mais de 10 municípios vizinhos.
O deputado Hermano Morais (PSB) solicitou que a Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa coloque em pauta para votar dois projetos de lei de sua
autoria que são muito importantes para a população. “Um é o projeto que
incentiva a economia criativa”, disse Hermano, reforçando que o outro projeto
permite que o Governo do Estado, preferencialmente, adquira produtos e serviços
das micro e pequenas empresas do Rio Grande do Norte durante a pandemia. “O setor
produtivo passa por muitas dificuldades”, disse Hermano que compõe a Frente
Parlamentar de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Assembleia.
O deputado Getúlio Rêgo (DEM) lamentou a falta de debates na
Casa sobre a reforma da Previdência do Estado e afirmou que a governadora
Fátima Bezerra “se fechou” em relação ao tema. “Sabemos que é inadiável”,
reforçou Getúlio, lembrando que o prazo se encerra no final do mês. Ele voltou
a fazer críticas à governadora, definindo como “incoerente” a posição dela
sobre reforma da Previdência quando era senadora, e agora como chefe do
Executivo estadual.
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