Às vésperas do início da vacinação na Argentina, prevista para começar na terça-feira (29), o presidente Alberto Fernández tem agora se empenhado em ajudar países vizinhos que ainda não conseguiram garantir as doses para imunizar a população.
Ao ser questionado em entrevista à Radio 10 se a vacina russa Sputnik V, principal aposta do governo argentino, seria enviada a outros países, Fernández comentou sobre o Uruguai e a Bolívia.
“Falei com o chanceler uruguaio, meu amigo Pancho (Francisco) Bustillo, e com o presidente da Bolívia, Luis Arce. Disse a eles que, no que eu possa ajudar, eles podem contar comigo. Me coloquei à disposição para ajudá-los e gerar contatos para a obter a vacina “, disse Fernandez.
“Os países centrais estão acumulando vacinas para eles e, por isso, todos os países da periferia que procuram vacinas enfrentam as mesmas dificuldades”, afirmou o mandatário, que disse que a Argentina faz parte de “um grupo de menos de 10 países” que conseguiram doses. Estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins afirma que cerca de 7 bilhões de doses já teriam seu destino comprometido, e que muitos países pobres só poderão ter acesso aos imunizantes em meados de 2022.
A Bolívia anunciou na última semana que espera receber 6,5 milhões de doses de vacina através do consórcio Covax, ligado à OMS, no primeiro trimestre de 2021, mas pretende comprar outras vacinas. Essa iniciativa tem como objetivo garantir o acesso de países periféricos a imunizantes.
Já o Uruguai tem enfrentado seus piores dias da pandemia, com um aumento expressivo de casos e mortes no país de cerca de 3,5 milhões de habitantes.
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