A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Ramos Cunha, teve a prisão temporária (prazo de cinco dias) convertida para preventiva (máximo de 180 dias) na manhã deste domingo (20) e terá que voltar para a cadeia. Lígia Cunha é investigada na Operação Faroeste - que apura a venda de sentenças para legalização de terras no oeste da Bahia.
A magistrada havia
sido presa temporariamente na segunda-feira (14). No dia seguinte, na terça
(15), Lígia Cunha teve a prisão domiciliar concedida
porque tinha passado por uma cirurgia e estava em fase de recuperação. Neste
domingo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido do Ministério
Público Federal (MPF) e a desembargadora deve ser levada para o presídio. Não
foi informado qual será a unidade prisional.
De acordo com
informações divulgadas pelo MPF, o mesmo pedido de prisão preventiva foi feito
em relação à desembargadora Ilona Reis. Para justificar os pedidos, o MPF
descreveu o esquema criminoso, apresentou provas da participação das duas
desembargadoras e alegou risco de ocultação ou destruição de provas que
incriminem as magistradas.
Muitas informações e
provas foram repassadas por um advogado, que firmou acordo de colaboração
premiada com o MPF. Também foram apresentadas provas da posse de bens
incompatíveis com as rendas das desembargadoras. De acordo com o MPF, Lígia
teria casas avaliadas em quase R$ 3 milhões, lanchas e carros de luxo.
Segundo o advogado de Lígia Cunha, Daniel Jacobina, a decisão do
MPF não se sustenta e a desembargadora não foi chamada para prestar quaisquer
esclarecimentos. "Em uma rápida leitura é possível perceber que não se
trata de hipótese de prisão preventiva", disse o advogado. Daniel Jacobina
não informou se a magistrada já foi levada para o presídio.
O G1 não conseguiu
contato com a defesa de Ilona Reis até a publicação desta reportagem.
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1 comments:
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