O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores
nesta quarta-feira (6/1) ser favorável a separar alunos inteligentes dos
"atrasados".
"O que acontece na sala de aula: você tem
um garoto muito bom, você pode colocar na sala com melhores. Você tem um garoto
muito atrasado, você faz a mesma coisa. O pessoal acha que juntando tudo, vai
dar certo. Não vai dar certo. A tendência é todo mundo ir na esteira daquele
com menor inteligência. Nivela por baixo. É esse o espírito que existe no
Brasil", afirmou.
A
declaração do mandatório foi em resposta a uma fala de uma apoiadora, no
Palácio da Alvorada. A mulher, que disse ser professora, afirmou ter ficado
triste com a derrubada das mudanças que seriam feitas na educação especial. Em
outubro do ano passado, o governo
publicou um decreto com uma nova Política Nacional de Educação Especial.
O
documento previa a separação de alunos. Dentre alguns pontos, falava na criação
de turmas e escolas especializadas que atendessem apenas estudantes com alguma
deficiência. A medida foi
criticada por especialistas, por dificultar a inclusão. O governo
justificou que um dos objetivos do plano era dar flexibilidade aos sistemas de
ensino, ofertando alternativas, como classes e escolas comuns inclusivas;
classes e escolas especiais; classes e escolas bilíngues de surdos.
Em
dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli
suspendeu o decreto após um pedido feito pelo PSB. Em seguida,
o plenário da Corte analisou a questão e decidiu manter a suspensão da medida
do governo.
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