A governadora do Rio
Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), enviou nesta quinta-feira (7) um ofício
ao presidente da República Jair Bolsonaro com um pedido para que os
profissionais da educação do Brasil sejam incluídos nas fases iniciais dos
grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19.
O documento cita que é preciso considerar a importância dos
profissionais "para a retomada do desenvolvimento socioeconômico,
científico e cultural do país".
De acordo com o Plano Nacional de Vacinação, os trabalhadores em
educação entram nos grupos prioritários, mas o governo ainda não definiu em
qual das três fases iniciais esse grupo será inserido. Isso só vai ocorrer após
aprovação das vacinas e disponibilidade de doses.
No ofício, a governadora do RN diz que os impactos causados pela
pandemia da Covid-19 "diretamente aos profissionais e aos estudantes, em
especial na educação pública no País, aprofundam as desigualdades de acesso e
de permanência já existentes nas escolas e promovem enormes prejuízos à
qualidade da aprendizagem, em todos os níveis e etapas".
Segundo o documento, são cerca de 50 milhões de estudantes e 2 milhões de
professores da educação básica sem aulas presenciais atualmente, comprometendo
a aprendizagem de estudantes entre 4 a 17 anos.
A governadora do RN disse ainda que providências para preparação das
escolas na volta às aulas presenciais foram adotadas no Brasil. No RN, segundo
ela, a previsão é de que o retorno aconteça no dia 1 de fevereiro, "com
todas as medidas definidas nos protocolos de segurança internacionais,
nacionais e locais".
A chefe do Executivo potiguar cita também investimentos para reestruturação
física das escolas e de profissionais e ações de formação e reorganização
curricular.
"Essas providências, no entanto, serão insuficientes sem a garantia
da vacinação", diz o texto da governadora Fátima Bezerra (PT).
"Comprometer ainda mais a educação, retardando o retorno das
atividades presenciais, constitui-se substancial ameaça ao avanço e à
sobrevivência da ciência brasileira, bem como o futuro do desenvolvimento e
soberania do País".
O pedido da governadora potiguar pede a inclusão dos profissionais da
educação sem prejuízo dos profissionais da saúde e demais grupos vulneráveis.
Segundo Fátima, essa medida permitirá a retomada, em menor tempo, das
atividades educacionais e vai contribuir "para a redução das desigualdades
entre os estudantes, a preservação de seus vínculos com a escola, a diminuição
dos riscos de ficarem ainda mais para trás ou abandonarem os estudos,
assegurando a reabertura das escolas e das instituições de educação superior,
com seus profissionais protegidos e imunizados".
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