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* Surreal: Com apoio do PT, candidato de Alcolumbre e Bolsonaro amplia bloco no Senado.

A bancada do PT no Senado anunciou nesta segunda-feira (11) que vai apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na eleição para a presidência da Casa, que será realizada em fevereiro. Também no mesmo dia a bancada do PSC aderiu à campanha de Pacheco. O senador mineiro agora conta com o apoio de seis partidos —DEM, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos— que contabilizam 29 senadores. Também podem seguir o mesmo caminho nesta semana PDT (3 senadores), PL (3) e PP (7). São necessários 41 votos para vencer a disputa, caso todos os parlamentares compareçam para votar.O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que nesta segunda ganhou o apoio da bancada do PT .

A votação, no entanto, é secreta e há chances de traições.

Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se engajou na disputa e vem negociando pessoalmente os apoios. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também comunicou que o senador mineiro era seu escolhido, em reunião com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), na sexta-feira (8). Bolsonaro, no entanto, ainda não anunciou publicamente sua preferência.

Aliados relatam que a estratégia de Alcolumbre e Pacheco era justamente fechar o máximo de acordos antes da escolha do candidato rival, do MDB.

Para tentar evitar críticas de embarcar numa aliança com Bolsonaro, ao anunciar sua escolha, o PT divulgou uma longa nota na qual afirma que o acordo se dará exclusivamente para a eleição no Senado e que não vai abrir mão de suas bandeiras.

“Esses compromissos apresentados ao candidato Rodrigo Pacheco (DEM/MG) têm o sentido de enfrentar a agenda de retrocessos pautada pelo governo de extrema direita no campo dos direitos humanos e dos direitos constitucionais, e em defesa do Estado democrático de Direito e da soberania nacional”, afirma o texto.

“O PT tem bastante claro que a aliança com partidos dos quais divergimos politicamente, ideologicamente e ao longo do processo histórico se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais.”

A nota da bancada afirma que a decisão levou em consideração a “grave situação econômica, social e política do país”, além da “necessidade de reforçar a institucionalidade e a legalidade democráticas no âmbito do Estado brasileiro”.

O PT diz ainda que foram considerados para a aliança dois aspectos centrais: a independência do Poder Legislativo e a proposição de uma agenda para superar a “gravíssima crise” que atravessa o Estado brasileiro, com ações para desmontar o Estado democrático de Direito.

A bancada também ressalta que vai continuar defendendo suas plataformas, como a defesa da vida, desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, compromissos com os mais pobres, combate à fome e violações de direitos humanos, homofobia, racismos e machismo.

“O PT continuará lutando, dentro e fora do parlamento, pela soberania nacional, contra as privatizações de empresas estratégicas ao desenvolvimento, contra a agenda neoliberal que compromete o presente e o futuro do país, em defesa dos direitos dos trabalhadores, pelo impeachment de Jair Bolsonaro e pelo resgate dos direitos políticos e cidadãos do ex-presidente Lula”, afirma a nota.

Leia matéria completa na Folha.

Detalhe: O PT quer mesmo sumir no mapa político do Brasil, fica a dica.

É aguardar.

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