O Twitter sinalizou nesta sexta-feira uma publicação do presidente Jair Bolsonaro defendendo o uso da hidroxicloroquina no tratamento precoce da Covid-19 por violar as regras da rede social sobre publicação de "informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à Covid-19".
A rede social, no entanto, não retirou a informação do ar, como fez com o presidente americano Donald Trump, no começo do mês, quando ocorreu a invasão de apoiadores do mandatário ao Capitóio, sede do Congresso dos Estados Unidos.
No caso da postagem de Bolsonaro, segundo o Twitter, "pode ser do interesse público que esse Tweet continue acessível".
A publicação que infingiu as regras da rede social afirma que estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da Covid-19 com remédios usados contra a malária — cloroquina e hidroxicloroquina — podem reduzir a progressão da doença. Não há, todavia, comprovação da eficácia desses medicamentos contra o novo coronavírus.
Publicações do presidente já tinham sido removidas pelo Twitter no ano passado. Em março, por exemplo, a plataforma tirou do ar imagens dele circulando em uma aglomeração durante um passeio por Brasília. No vídeo, Bolsonaro acenava positivamente a um apoiador que afirmava ser necessário reabrir o comércio e "trabalhar normalmente".
Desde a semana passada, Bolsonaro e apoiadores começaram a migrar para o Telegram, em reação à decisão do Twitter de banir Trump da rede social permanentemente. Além do presidente, seus filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro também criaram canais na plataforma de mensagens instantâneas.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon