A Audi anunciou na 5ª feira (11.fev.2021) a paralisação na produção de seus carros no Brasil. A divisão de carros de luxo da empresa alemã Volkswagen trata a paralisação apenas como uma suspensão, por isso, ainda há possibilidade de as operações serem retomadas. O único modelo da empresa fabricado no Brasil era o A3 Sedan, produzido em uma fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, no interior do Paraná.
Após investir R$ 500 milhões para reativar a fábrica de veículos no Brasil, a montadora esperava receber de volta do governo parte do valor aplicado no local, como previa o regime automotivo brasileiro na época da construção da fábrica, inaugurada há seis anos. O valor não foi pago até hoje e em resposta a marca paralisou a produção no país. O alto investimento da empresa no país foi a resposta para o regime automotivo vigente no Brasil entre 2013 e 2017, o Inovar-Auto.
CENÁRIO AUTOMOTIVO EM CRISE
A montadora norte-americana Ford anunciou em janeiro a paralisação de seus veículos no Brasil. Há um mês, a gigante alemã Mercedes-Benz também informou a saída de uma unidade do país. Os motivos são parecidos. A crise da covid-19, a desvalorização do real e a reestruturação global das companhias. A norte-americana fechará 3 fábricas: em Camaçari (BA), em Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE).
A alemã encerrou com a única de carros de luxo, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. A Mercedes manteve duas unidades: a de produção caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo (SP) e a de a cabinas de caminhões em Juiz de Fora (MG).
Ao menos 5.370 empregos serão dizimados até dezembro de 2021 com a saída das 4 fábricas – sem contar o efeito cascata em fornecedores da cadeia produtiva.
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