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* Empresário que viajava com amigos em lancha que sumiu entre Rio e Fortaleza relatou 'muito vento' e 'muito temporal'

 O empresário Ricardo José Kirts, que desapareceu na sexta-feira (29) em uma lancha com mais quatro amigos quando navegava do Rio de Janeiro a Fortaleza, relatou à mulher de um dos viajantes haver "muito vento, muito temporal, muita chuva" durante a viagem. O relato foi feito à Tatiane Cruz, no último contato que eles tiveram com familiares.

O grupo chegou a enviar um pedido de socorro à Marinha no sábado (30), mas seguem desaparecidos nesta terça-feira (2). A Marinha acionou um navio-patrulha e dois aviões, sendo um deles da Força Aérea Brasileira, para fazer as buscas. Também foi feito o alerta para embarcações na localidade onde eles estavam, na costa do estado do Rio de Janeiro.

Os cinco desaparecidos são:

·         Ricardo José Kirst, empresário

·         Domingos Ribeiro, empresário

·         Wilson Martins, pescador

·         José Cláudio de Sousa Vieira, mecânico

·         Guilherme Ambrósio do Nascimento

O marido de Tatiane, Ricardo, foi ao Rio comprar e receber a embarcação. Eles estão desaparecidos desde o último sábado (30), quando voltavam a Fortaleza pelo mar.

A mulher afirmou que pediu que procurassem uma área costeira durante o temporal, mas Domingos respondeu que não podia. "'Não tem condições, Tatiane, a gente já fundeou [ancorou]. Não tem condições'. Foi quando o meu esposo acordou e disse: 'Calma, calma. Tá feio, mas calma'. E desligou."

'Vamos ter que abandonar a embarcação'

No sábado, Tatiane tentou novamente contato, mas as ligações não foram atendidas. Então, ela entrou em contato com a mulher de Domingos, e elas solicitaram as buscas pelos navegantes. "A única coisa que eu peço é que não desistam deles, não desistam deles, porque eu conheci cada um e eles têm resistência. O agir é de Deus, mas o homem precisa agir", disse Tatiane.

Tatiane disse ainda que no domingo (31) soube por um amigo que houve um chamado na plataforma que fica a nove mil milhas do Rio. E, nesta segunda-feira (1º), foi informada  pelo Iate Clube Guanabara que o chamado era da embarcação do grupo.

Grave situação.
G1/CE
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