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* Styvenson chama Nunes Marques de “ministro fajuto” após voto a favor de Lula.

 O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) criticou nesta quarta-feira 10 o ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter votado para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha acesso a todas as mensagens obtidas na Operação Spoofing, que descobriu diálogos considerados comprometedores do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Em publicação nas redes sociais, Styvenson enfatizou que votou no Senado contra a indicação do ministro para o STF e que hoje, avaliando as decisões de Nunes Marques, acredita que “acertou” na decisão.


“O cara é indicado pelo ultra extrema direita Jair Bolsonaro mas votou a favor do corrupto LuLa ter meios de safar do que fez ao país. Quando você ver oposição apoiando o indicado do presidente da república é pq o negócio não ia prestar. Graças a Deus votei não nesse ministro fajuto (sic)”, escreveu o senador.


Com o voto de Nunes Marques, a Segunda Turma do STF rejeitou nesta terça-feira 9 um recurso de procuradores que integraram a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná contra a permissão de acesso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mensagens apreendidas na Operação Spoofing.


O voto do relator, Ricardo Lewandowski, contrário ao recurso, foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Edson Fachin divergiu.

A Operação Spoofing, deflagrada em julho de 2019 pela Policia Federal, prendeu hackers suspeitos de invadir celulares de autoridades, entre as quais o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.


Em dezembro do ano passado, Lewandowski concedeu uma decisão individual que permitiu à defesa de Lula ter acesso às mensagens trocadas entre procuradores e o ex-juiz por celular.


Os advogados querem usar o material para tentar anular os processos aos quais responde o ex-presidente na Justiça, como as condenações do caso do triplex do Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP), sob argumento de que houve perseguição da Lava Jato.


O voto de Nunes Marques vem sendo criticado por movimentos de direita e por defensores do presidente Jair Bolsonaro. Isso porque, apesar de o novo ministro do STF ter sido indicado para o cargo por Bolsonaro, o voto dele nesta terça-feira abre caminho para que o ex-presidente Lula anule sentenças proferidas por Moro na Lava Jato e, assim, fique apto a disputar as eleições de 2022 para a Presidência da República.


A indicação de Nunes Marques para o STF foi aprovada em outubro do ano passado pelo Senado por 57 votos favoráveis, 10 contrários e 1 abstenção. Não é possível checar se realmente Styvenson votou contra, porque o voto é secreto. Ele, no entanto, publicou vídeo nas redes sociais mostrando o voto. A posse do novo ministro do Supremo aconteceu em novembro.

Senador Styvenson.
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