A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT),
comunicou na noite deste sábado (20) que o Ministério da Saúde vai enviar 160
cilindros de oxigênio para o estado até a próxima quarta-feira (24) para
auxiliar no abastecimento às unidades municipais de saúde.
Além disso, a gestora disse que o governador do Amazonas, Wilson
Lima (PSC), garantiu a disponibilização de concentradores de oxigênio para o
Rio Grande do Norte e que eles serão enviados já neste domingo (21). Até a
última atualização desta matéria a quantidade não havia sido informada.
"Diante de mais esse drama, que é a crise de abastecimento
de oxigênio no país inteiro e que também já está afetando alguns municípios
aqui do estado, nós temos buscado todos os meios para ajudar os municípios.
Para dar suporte aos municípios, tenho mantido contato direto com o Ministério
da Saúde", disse a governadora em uma rede social.
"Fiz contato na sexta-feira (19) com o governador do
Amazonas, Wilson Lima, que foi solidário e garantiu que os concentradores de
oxigênio chegam ao RN já neste domingo", reforçou. Ela disse ainda que o
MS confirmou a chegada desses concentradores, "bem como de 160 cilindros
que chegarão ao RN até esta quarta-feira".
A preocupação com o oxigênio acontece por conta da pressão sobre
os leitos críticos de Covid-19 e o aumento nos casos da doença. Segundo o
Regula RN neste domingo, mais de 95% dos leitos críticos do estado estavam
ocupados. A fila tem mais de 120 pacientes no aguardo para ocupar um dos 14
leitos disponíveis. As UPAs em Natal também têm atuado com superlotação.
No sábado (21), a Procuradoria Geral do Estado do RN ingressou
com uma ação para aumentar o fornecimento de oxigênio para as unidades de saúde
pública do RN em 25%. O pedido já havia sido feito pela via administrativa, por
meio de um aditivo do contrato, mas a fornecedora do oxigênio White Martins
negou a solicitação. Com isso, a PGE-RN decidiu ingressar com o pedido judicial
para o caso ser resolvido ainda no plantão judiciário deste fim de semana.
Na madrugada e manhã de sábado (20), a alta demanda de casos de
Covid-19 com agravamento no hospital municipal de Ceará-Mirim fez com que sete pacientes precisassem ser transferidos para outros
municípios do estado pelo risco de desabastecimento de
oxigênio na unidade hospitalar.
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