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* Em reunião com prefeitos, Pacheco critica falta de coordenação para enfrentamento à Covid-19.

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou nesta quinta-feira (1º) a falta de coordenação para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Em reunião com integrantes da Frente Nacional de Prefeitos, ele disse que a desarticulação impediu que o país respondesse rapidamente à crise.

“Não há nada pior, num momento como esse, do que a desarticulação, a falta de coordenação. E o Brasil revelou, infelizmente, a partir dessa falta de coordenação, algo que nós não podíamos ter feito. Desde o início, era preciso ter coordenado todos os entes federados para podermos enfrentarmos da melhor forma possível essa pandemia. Esse consórcio é uma demonstração de unificação dos municípios brasileiros, algo a ser seguido”​, afirmou Pacheco, segundo nota divulgada pelo Senado.

O chefe do Legislativo disse aos prefeitos ter cobrado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um cronograma mais factível da imunização no país.

Em audiência pública na Câmara nesta quarta, o ministro afirmou que a previsão para o mês de abril é distribuir 25,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. O quantitativo é quase a metade do previsto anteriormente.​

“Temos que reconhecer que o Brasil atrasou esse processo, atrasou esse cronograma e estamos correndo atrás do tempo nesse momento”, disse Rodrigo Pacheco no encontro com os chefes dos municípios, de acordo com o comunicado divulgado à imprensa.

As manifestações de Pacheco ocorrem um dia depois da primeira reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19, realizada na quarta-feira (31), no Palácio do Planalto, com participação do senador, do ministro e também dos presidentes da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Na reunião com prefeitos, Pacheco defendeu a inclusão de representantes deles e dos governadores no grupo de trabalho.

“A intenção não é subtrair a responsabilidade ou assumir a responsabilidade exclusiva pelo enfrentamento. É apenas uma organização de ideias para que o presidente da República faça uma coordenação geral, para que ele tenha conhecimento das ações do Legislativo, para que nós tenhamos conhecimento das ações do Executivo e o diálogo muito franco com os demais segmentos e, sobretudo, com governadores e prefeitos”, afirmou.

Desde a reunião de 24 de março, no Palácio da Alvorada, quando a ideia do comitê foi anunciada, o governo vem sendo pressionado a ter um discurso único sobre a pandemia, o que não tem ocorrido.

Enquanto o ministro da Saúde pregava contra aglomerações na quarta (31), Bolsonaro, sem máscara, dizia que não adianta ficar em casa.

Desde o momento em que começou a tentar adequar seu discurso diante da queda de popularidade, Bolsonaro não tem mais viajado pelo país, promovendo aglomerações. Nesta semana, um auxiliar direto do chefe do Executivo afirmou que não haverá viagens até que o número de óbitos comece a cair.

Nesta quinta, porém, o Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou que, na segunda-feira (5), o presidente participará de um evento para entrega 435 moradias a famílias de baixa renda em São Sebastião, no Distrito Federal.

Este evento chegou a ser anunciado pelo Planalto para o início de março, mas, diante da escalada de mortes em todo o país —inclusive no DF—, foi cancelado.
Essa "briga" é breve seu moço.
Folha de São Paulo

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