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* Nossa: Em debate sobre orçamento, Bolsonaro não topou 'garantia de Lira' contra impeachment.

 Nas negociações em curso sobre o imbróglio do orçamento de 2021, Arthur Lira disse a interlocutores do Palácio do Planalto que seguraria no TCU qualquer bronca contra Jair Bolsonaro após sanção.

“Ele pode ficar tranquilo”, afirmou, segundo relato feito a O Antagonista por quem participou da conversa.

Bolsonaro, porém, não topou ficar na mão do presidente da Câmara, diante do risco de impeachment por violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Somos companheiros de viagem, mas não vou ficar na mão dele”, disse o presidente a um emissário.

Lira não abre mão dos acordos fechados com a equipe econômica e diz que as emendas prometidas são carimbadas e fruto de uma negociação política com colegas de Legislativo. Promessas que, em Brasília, não podem ser quebradas — sob risco de levar Lira ao descrédito.

“O Lira quer uma solução politicamente confortável, mas deixando o presidente exposto. O presidente quer ser proteger”, acrescenta o interlocutor.

O acordo de Lira envolve R$ 16,5 bilhões em emendas parlamentares e foi costurado com a Secretaria de Governo, ainda sob comando do general Luiz Ramos. Mais R$ 5 bilhões foram acrescentados para atender acordos anteriores com Davi Alcolumbre, Márcio Bittar e aliados.  Rogério Marinho também pediu mais R$ 7 bilhões.

A saída agora é criar um segundo orçamento (de guerra), via PEC como no ano passado, que acolha apenas os gastos com medidas de enfrentamento da pandemia que tiveram impacto econômico positivo, como auxílio emergencial , BEM, pronampe, vacinas etc.

Ficaria de fora todo o resto, como recursos para obras, Bolsa Família e outros. O dinheiro, obviamente, virá de endividamento do governo.

Isso é grave seu moço.
Antagonista

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