Integrantes da CPI da pandemia observaram
no fim de semana uma mudança na estratégia do governo Bolsonaro para tentar
frear as investigações.
Segundo senadores, sem conseguir evitar a instalação da
comissão, o Palácio do Planalto iniciou um movimento de intimidação para conter
os desdobramentos das apurações.
A reação do chamado G6 – grupo de seis senadores independentes
ou de oposição – foi verbalizada neste domingo (18) pelo senador Renan
Calheiros (MDB-AL). Em entrevista à GloboNews,
Calheiros disse que não será intimidado com a notícia de que a Polícia Federal
fará uma agenda paralela de investigações.
A informação, publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal
"O Globo", de que quanto mais avançar a CPI, mais explodirão
operações estridentes da PF contra governadores e prefeitos, acabou unindo
ainda mais o G6.
Os senadores Renan Calheiros, que tem o apoio do grupo para ser
o relator, e Jader Barbalho (MDB-PA), suplente da CPI, tem filhos governadores.
E os demais senadores são próximos de governadores ou prefeitos em seus
respectivos estados.
Antes, o governo tentou, sem sucesso, mudar integrantes do PSD
na CPI para ter o controle da comissão.
Nos últimos dias, o Planalto vem tentando, sem sucesso até o
momento, oferecer cargos no governo e até mesmo apoiar a indicação para a
próxima vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), em troca de blindagem na
comissão.
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