O presidente Jair Bolsonaro deu nesta
quinta-feira (27) sinais claros de que vêm sentindo a pressão da CPI do
Genocídio instalada no Senado para apurar as omissões de seu governo no combate
à pandemia. A apuração do colegiado, que vem colhendo depoimentos de membros de
sua gestão, especialistas e outras testemunhas relacionadas ao assunto, já vem
surtindo efeito negativo para o titular do Palácio do Planalto: o índice de apoio ao impeachment, bem como a rejeição ao governo, atingiram níveis recordes segundo
pesquisas recentes.
Durante sua live semanal,
Bolsonaro suplicou e chegou a invocar “Deus” para que o presidente da CPI,
senador Omar Aziz (PSD-AM), encerre os trabalhos do colegiado. “Omar Aziz, pelo
amor de Deus, encerra logo essa CPI, e vem aqui… Fazer outra coisa. Ficar no
Senado, pelo o amor de Deus”, apelou o presidente.
O apelo de Bolsonaro pelo fim
da CPI mostra uma mudança de postura, já que na primeira semana de trabalhos da
comissão, o presidente ficava repetindo que não tem medo das apurações.
Logo
após a live em que fez a súplica, veio à tona a notícia de que o presidente entrou com uma ação no Supremo
Tribunal Federal (STF) para derrubar as medidas restritivas, como
toques de recolher e lockdown, decretadas por governadores.
O objetivo da
ação é invalidar juridicamente os decretos de prefeitos e governadores. Além
disso, o governo deseja que sejam considerados “os devastadores efeitos que
medidas extremas e prolongadas trazem para a subsistência das pessoas, para a
educação, para as relações familiares e sociais, e para a própria saúde –
física e emocional – da população”.
Trata-se
de mais uma mudança de postura, visto que, até há algumas semanas, Bolsonaro afirmava que acabaria com
as medidas restritivas de governos estaduais através de um decreto que,
inclusive, já estaria pronto.
A expectativa é que o STF rejeite a ação.

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