A Justiça Federal no Ceará recebeu uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra quatro empresários e dois contadores dos ex-chefes de uma facção criminosa paulista, Rogério Jeremias de Simone, o "Gegê do Mangue", e Fabiano Alves de Sousa, o "Paca", mortos no Ceará em fevereiro de 2018.
De acordo com a denúncia, os
empresários e contadores são acusados de participar de um esquema de lavagem de
dinheiro. A denúncia aponta que os dois criminosos adquiriram bens avaliados em
um total de R$ 10,3 milhões, com o apoio dos seis acusados.
As investigações mostram que os
acusados participaram de negociações de imóveis e veículos luxuosos. O
Ministério Público Federal acredita que dinheiro era proveniente do tráfico
internacional de drogas e que os dois viviam no Ceará na posse de identidades
falsas e se utilizaram de representantes para adquirir imóveis e veículos
luxuosos, no nome de "laranjas".
Entre esses bens dos criminosos estavam carros de luxo, e
apartamentos e casas em Fortaleza, na Região Metropolitana e Litoral-Leste
cearense. Um dos bens estão uma residência na Lagoa do Uruaú, em Beberibe
avaliada em R$ 1,15 milhão. Essa transação, aconteceu em apenas quatro
parcelas. Três de R$ 300 mil e a última de R$ 250 mil.
Outros imóveis são um apartamento no Bairro Cocó em Fortaleza de
R$ 1,8 milhão, uma casa no Porto das Dunas, em Aquiraz, avaliada em R$ 2,1
milhão e uma mansão no Eusébio avaliada em R$ 1,8 milhão. As investigações
também mostram que o esquema envolvia a compra de automóveis de luxo. Uma
dessas negociações ambos compraram carros de luxo para as mulheres.
Duplo homicídio
'Gegê do Mangue' e 'Paca',
foram encontrados mortos em uma reserva indígena de Aquiraz, na Grande
Fortaleza, em 16 de fevereiro de 2015. A aeronave que está em
posse da Polícia foi usada para levar os membros da facção até o local da
emboscada. Um vídeo mostra a aeronave sendo utilizada pelos criminosos.
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública, cinco homens participaram
diretamente do assassinato dos dois, disparando tiros de arma de fogo.
Um dos executores foi Cabelo Duro, também assassinado, cinco dias depois, em
frente a um hotel em São Paulo.
De acordo com a investigação da
Polícia Civil, 'Gegê' e 'Paca' foram assassinados por companheiros
porque desviavam dinheiro da facção para manter uma vida de luxo no
Ceará. Eles moravam em mansões no litoral do estado e tinham carros avaliados
em mais de R$ 200 mil. A Justiça determinou a apreensão de cerca de R$ 10
milhões em posses do bando.
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